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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Analistas discordam sobre soluções e final da crise econômica mundial

Tianjin (China), 27 set (EFE).- Os analistas de mais de 100 países reunidos no Fórum Econômico Mundial de verão, realizado na cidade chinesa de Tianjin, são unânimes em quantificar a magnitude da atual crise financeira mundial, mas poucos estão de acordo quando se fala de prazos e soluções.
Os mais de 1.400 especialistas deste fórum sabem que a crise é grave, mas, quando são perguntados sobre quando acabará o tempo das vacas magras e qual a melhor fórmula para enfrentar esta situação, as respostas são as mais variadas possíveis.
"Se não houver acordo (no Congresso americano sobre o plano de resgate da economia dos Estados Unidos), haverá um problema grave nos mercados na segunda-feira", advertiu o ministro de Negócios, Empresas e Reforma Regulatória britânico, John Hutton.
"O problema se expandirá e o risco será para todos", acrescenta.
Na mesma linha pessimista, manifestou-se o vice-presidente do Citigroup, William R. Rhodes, que afirmou que o mundo se encontra em um "período de tremenda falta de confiança" e alertou que esta "é a pior crise desde a Grande Depressão".
Banqueiros, empresários, empreendedores e analistas reunidos em Tianjin concordam em destacar que a crise americana se espalhará para o resto do mundo se as autoridades reguladoras não cumprirem seu papel.
O problema surge diante da falta de acordo sobre o plano idealizado pelo secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, de oferecer US$ 700 bilhões no plano de resgate das empresas e bancos atingidos.
O vice-presidente do Citigroup, uma entidade sensivelmente afetada pela crise, defendeu a intervenção: "É preciso definir um piso para que os mercados possam funcionar de novo".
No entanto, o comissário de Comércio da União Européia (UE), Peter Mandelson, advertiu que a crise não pode gerar uma "nova onda de protecionismo", e se referiu à necessidade da criação de novos reguladores mais globais e mais inteligentes.
Outros já vêem a luz no final do túnel, como o executivo-chefe da PricewaterhouseCoopers International, Samuel DiPiazza, que declarou que a "situação está um pouco complicada, mas não se espera uma recessão global, porque os mercados emergentes seguirão puxando o crescimento".
"O crescimento econômico da China freará (de 11,9% em 2007) para um patamar entre 9% e 9,5%", reconheceu o diretor da Comissão Reguladora Bancária da China (CRBC, em inglês), Liu Mingkang, em discurso.
Recém-chegado da Assembléia Geral da ONU, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, foi ao fórum presidir abertura do plenário.
Em seu esperado discurso, Wen admitiu que a economia chinesa terá mais problemas para crescer, entre outros motivos, por causa da crise financeira mundial.
Wen lamentou que a crise hipotecária americana tenha sido o estopim da crise econômica global e explicou que os objetivos agora devem ser recuperar a confiança e estreitar a cooperação internacional.
"A confiança das pessoas, dos economistas e dos líderes é básica. Agora, a confiança é mais valiosa do que a divisa ou o ouro", disse o primeiro-ministro chinês.
Neste contexto, Wen aproveitou para reiterar a postura de Pequim de não modificar sua política macroeconômica - a revalorização do iuane é uma medida largamente reivindicada na Europa e nos EUA -, que continuará "cautelosa e prudente" diante da volatilidade mundial.
Trinta anos após a abertura econômica da China, Wen comemorou o desenvolvimento alcançado, mas pediu à sociedade chinesa para continuar aprofundando as reformas e conseguir uma "sociedade harmoniosa", termo cunhado pelo atual presidente chinês, Hu Jintao.
Muitos olham para a China como a possível criadora de um novo sistema que equilibre a situação, mesmo com a questão ideológica de fundo.
O executivo-chefe do grupo chinês de software Neusoft, Lu Jiren, resumiu a idiossincrasia chinesa parafraseando o ex-presidente chinês Deng Xiaoping, o homem que abriu o país há três décadas: "Não sei se haverá uma mudança de modelo, mas não importa. Pouco importa qual é a cor do gato, o importante é que ele pegue os ratos".

Fonte: Economia UOL

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