Sejam Bem-vindos!

Este blog foi desenvolvido para discutir, informar e difundir os desafios do marketing no mundo atual, ajudando a realização da venda com excelência.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Frase para refletir...

“Não basta mais ser apenas um inovador, você tem de correr muito mais rápido que as inovações de seus competidores. E cada vez mais competidores estão se tornando mais velozes.”
[Tom Kelley, diretor geral da IDEO (empresa de design líder da América do Norte)]

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Carrefour faz parceria com Dell

JB Online

O Carrefour fechou parceria com a Dell, segundo maior fabricante de computadores do mundo, para comercializar os produtos da marca.

No começo, os produtos estarão disponíveis em 22 hipermercados, que são voltados ao público A e B, situados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Goiás e Paraná.

O Carrefour informou ainda que a previsão com a entrada da Dell, é que as vendas de notebooks registrem incremento de 20%.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Preciso confessar uma coisa...

Por Marcelo Cherto

Desde que estourou esta crise mais recente, deixei de ler as análises e entrevistas desses economistas e analistas econômicos todos. Simplesmente não me interessa o que eles têm a dizer, nem sua visão do que o futuro nos reserva.

Primeiro, porque estou convencido de que a grande maioria não tem noção de coisa alguma, nem dispõe de elementos que lhes permita prever o que vem por aí. Até porque usam instrumentos de ciências exatas para praticar uma ciência que não tem nada de exata.

Não sou especialista no assunto, longe disso. Mas meus 54 anos de vida e as crises que testemunhei desde que me dou por gente me ensinaram que a Economia tem muito mais a ver com a Biologia do que com a Física ou a Matemática.

O mundo econômico é um sistema complexo, assim como são a internet, a Floresta Amazônica e uma cultura de vírus num laboratório. Num sistema complexo, 1 + 1 pode ser igual a 2, assim como pode ser igual a 4 ou a 14. Uma pequena alteração no comportamento ou na estrutura de um pequeno agente secundário do sistema pode levar a resultados completamente diversos do que inicialmente se poderia esperar.

Depois, cheguei à conclusão de que ficar ouvindo o que dizem os Delfins, Mendonças e Mantegas da vida cria distrações e interfere negativamente na minha capacidade de tomar decisões com a velocidade e a objetividade que o momento requer.

Por último, sou da opinião de que um empresário ou executivo não deve perder muito tempo com o que não está sob seu controle. Precisa fazer o que resolve, atuando sobre aquilo que consegue controlar. E não perder tempo com firulas.

Não podemos permitir que aquilo que não podemos fazer nos impeça de fazer o que podemos fazer.

Se não dá (como, de fato, não dá) para mudar a direção ou a velocidade dos ventos, tratemos de ajustar as velas.

Acredito em fazer o que é preciso. E deixar o nheco-nheco para quem tem tempo e paciência para isso.

Não é sem motivo que, na parede do escritório do Grupo Cherto, está escrito em letras garrafais (indo de um lado ao outro da sala principal): "No nheco-nheco. Yes resultados".

domingo, 19 de outubro de 2008

Ibope: frente à crise, baixa renda teme volta da inflação

Agencia Estado - 19/10/2008 7:37

A nova classe média está consciente de que o tsunami financeiro internacional está fazendo marola no Brasil - para recorrer à analogia usada pelo presidente Lula - e começa a apertar os cintos. O Natal deste ano, acreditam os novos consumidores das classes C e D, será mais magro. O temor é a volta da inflação.

Os dados fazem parte de uma pesquisa do Ibope sobre a "Percepção dos efeitos da crise financeira no País pelas classes C e D", encomendada pela agência de publicidade 141 SoHo Square, do grupo WPP. O instituto foi a campo entre 7 e 9 de outubro - dias de pânico nos mercados e em que o dólar disparou, chegando a R$ 2,30. Foram ouvidas 400 pessoas com renda familiar de até R$ 1,2 mil, em Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. A margem de erro é de cinco pontos porcentuais para mais ou para menos.

Os entrevistados são uma pequena amostra dos 20 milhões de brasileiros que ingressaram no mercado consumidor nos últimos dois anos, impulsionados pelo aumento do crédito. Deles, 89% sabem que existe uma crise financeira internacional. Para 10%, contudo, a crise não passa de "exagero da imprensa". Quem sabe da crise se divide entre os que acham que ela já chegou ao Brasil (48%), os que acham que pode chegar nos próximos anos (25%) e os que acham que a crise não se refletirá no País (16%). O maior medo da população de baixa renda é a elevação dos preços: 35% temem a volta da inflação dos "produtos em geral" e 30% temem a alta nos alimentos. Já 20% temem a perda do emprego e 13%, não conseguir pagar as prestações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 11 de outubro de 2008

As pessoas compram o que precisam. Na crise explore outras fatias de mercados.

POR ABRAHAM SHAPIRO

- "O dólar foi a R$ 2,10".
- "Agora está a R$1,90."
- "Subiu de novo para R$ 2,30!!!"
- "Desce da janela, Oscar, já voltou a R$ 1,80 de novo."

Se você é o tipo de pessoa que, se desespera com as oscilações do mercado e acha que todo o lucro da sua empresa depende da bolsa da Ostropólia Setentrional, cuidado. A não ser que você seja um megaespeculador, é quase 100% certo que você esteja preocupado com o que pouco tem a ver com você.Não pense que os analistas estão falando sobre a sua empresa. Eles abordam situações gerais e amplas.

Para que uma análise tivesse diretamente a ver com o seu negócio, ela deveria ser setorial e, mesmo assim, passar pelo crivo de um especialista que considerasse o modo como você e seu pessoal, especificamente, trabalham e o estado atual de suas contas.Continue a produzir e vender. Ficar parado devido à crise é uma atitude que só lhe fará perder clientes e mercado.

Lembra das crises passadas? Confisco de poupança, corte de zeros, congelamento de preços... e sua empresa sobreviveu. Sabe por quê? As pessoas não param de comprar o que precisam.Você é um líder empresarial! A bolsa pode estar despencando, mas há fatias de mercado que nunca foram exploradas por sua equipe de vendas. Faça-os enxergar o que não conseguem ver.

Está aí!!! Comece refletindo sobre o seu modo de trabalhar e injete energia nova sabendo que, por pior que as coisas estejam, há muita gente precisando de seu produto ou serviço.Combata o catastrofismo com trabalho – mas trabalho eficiente... trabalho duro.

Abraham Shapiro é consultor e coach. Suas principais atuações são junto de líderes empresariais e times de vendas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A economia às escuras

A crise financeira global torna-se mais séria a cada semana — e a indefinição do que virá pela frente paralisa os mercados mundiais

Ilustração: Marcelo Calenda
Por Eduardo Salgado e Melina Costa

Fonte Portal EXAME

Estou tremendamente confiante de que estamos indo na direção certa porque temos a força necessária para seguir progredindo. Não vejo nada que nos impeça de ser otimistas em relação ao nosso negócio no longo prazo.” A frase acima foi dita por Robert K. Steel, presidente do banco americano Wachovia, na terça-feira 9 de setembro, no Hotel Hilton de Nova York, numa palestra na Conferência Lehman Brothers de Finanças Globais. Seis dias depois, o Lehman Brothers, quarto maior banco de investimento do mundo, deixava de existir. Passaram-se outras duas semanas e o Wachovia, quarto maior banco de varejo dos Estados Unidos, era vendido ao Citi. O episódio é quase uma caricatura do momento atual da economia mundial — em que previsões caem no ridículo logo após serem professadas, várias das mais tradicionais instituições financeiras soçobram em série e os mercados oscilam do céu ao inferno ao sabor de ventos tão intensos quanto imprevisíveis. O pânico, companheiro freqüente dos investidores nas últimas semanas, voltou a dar as caras nos últimos dias do Setembro Negro. Após a negativa dos congressistas americanos em aprovar um pacote de 700 bilhões de dólares proposto pelo governo Bush para socorrer bancos — até o fechamento desta edição as negociações em torno de um novo pacote prosseguiam —, o mundo financeiro ruiu: só nos Estados Unidos, o equivalente a 1 trilhão de dólares em valor de mercado de empresas listadas na bolsa de Nova York virou pó em um único dia. Por aqui, a Bovespa teve a maior queda da década. Já se sabia que o sol não brilharia para sempre no mundo econômico e que cedo ou tarde os anos dourados da economia global teriam de acabar. Impressiona a velocidade com que a escuridão domina a cena internacional.

Numa economia às escuras, a primeira vítima é a confiança. E a falta de confiança é um veneno para o mercado. Como disse o ex-presidente Franklin Delano Roosevelt, responsável por tirar os Estados Unidos da Grande Depressão dos anos 30, é preciso temer o próprio medo. Tomados pelo pavor de fazer transações com instituições abarrotadas de títulos podres — e, portanto, à beira da falência —, bancos tratam diferentes como iguais e deixam de emprestar entre si. Isso coloca em perigo não só instituições que tomaram riscos desmedidos durante a bolha do subprime mas também as saudáveis. “Qualquer solução da crise terá necessariamente de passar pela capitalização dos bancos”, diz o economista Raghuram Rajan, professor de finanças da Universidade de Chicago e ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional. “Sem isso, a normalidade não vai voltar.” De fato, o quadro atual é apavorante. O dinheiro que deveria fluir para o setor produtivo secou e, pior, essa cegueira generalizada hoje coloca em perigo o próprio sistema bancário — é sintomático que na terça-feira 30 a Libor de três meses, taxa de juro cobrada nos empréstimos interbancários, tenha

atingido sua alta histórica. Também chama a atenção o fato de a crise ter chegado com força à Europa, que vinha se mantendo razoavelmente à margem dos problemas. Para não fechar, o banco Dexia, com sede em Bruxelas, recebeu uma injeção de 9 bilhões de dólares de dinheiro público. O mesmo acontecera antes com o Fortis, o maior banco belga, socorrido às pressas com 16 bilhões de dólares pelos governos de Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O tesouro britânico nacionalizou o Bradford & Bingley e, na Alemanha, um consórcio de bancos e o governo salvaram da masmorra o Hypo Real Estate Group, voltado para a concessão de crédito imobiliário. Eles se juntam à longa lista em que estão Fannie Mae e Freddie Mac, as maiores empresas do mercado de hipotecas americano; o AIG, maior seguradora do mundo; dois dos cinco maiores bancos de investimento, Lehman Brothers e Merrill Lynch; Washington Mutual, dono da maior parcela dos depósitos de poupança dos Estados Unidos; além, claro, do Wachovia, do falastrão Robert K. Steel. Na escala Richter usada para medir terremotos financeiros, os estragos registrados até agora não têm precedentes em quase 100 anos. “A magnitude do colapso só é comparável ao que se seguiu à crise de 1929”, diz Roger Farmer, professor de economia da Universidade da Califórnia.

Para estancar a sangria, a equipe econômica americana está empenhada em descongelar o dinheiro que parou de fluir. Uma vez que os bancos não mais conseguem capital com seus pares para fechar suas contas diárias (a diferença entre as captações e as saídas), o Federal Reserve (Fed), banco central americano, aumentou drasticamente a oferta de dinheiro à disposição do sistema. O valor, que antes do começo da crise era de menos de 100 milhões de dólares, pulou para 440 bilhões e pode passar disso se necessário. Para tentar debelar o fogo que começou a se espalhar do outro lado do Atlântico, o Fed também fortaleceu as linhas de liquidez oferecidas a bancos estrangeiros, especialmente europeus. Na última semana de setembro, a quantia total dobrou e chegou a 620 bilhões de dólares. “Além do pacote de socorro ao sistema financeiro, acho que logo veremos agressivas reduções nos juros”, diz Stephen Roach, presidente do banco Morgan Stanley na Ásia.

Uma nova preocupação que já desponta no radar da equipe econômica americana são os fundos de hedge, gestores de recursos famosos pelos altos riscos que tomam. Esses fundos movimentam 2 trilhões de dólares e estão tendo os resultados mais baixos das últimas duas décadas, com aumento crescente dos saques. Pior — para fazer frente aos resgates, estão sendo obrigados a vender papéis em seu poder e assim conseguir recursos para pagar investidores em fuga. Como o momento é péssimo para quem vende o que quer que seja nos mercados financeiros, esse movimento só aumenta o tamanho dos prejuízos na carteira dos fundos e ainda força as cotações em geral para baixo. Ante tais problemas, os fundos de hedge passaram a ser monitorados de perto pelas agências de risco — duramente criticadas pela complacência com que deram carimbos de qualidade a títulos que se provaram tão confiáveis quanto uma nota de 3 dólares na crise do subprime. Disposta agora a não incorrer no mesmo erro, a Fitch Ratings deixou claro que vai dar uma atenção redobrada aos fundos de hedge. Muitos apostam que esses fundos serão personagens centrais no próximo capítulo da crise.

Na economia real, os sinais do aperto já são claros. Na Europa, as 15 nações que adotam o euro como moeda se mantiveram estagnadas no terceiro trimestre — e podem se contrair daqui para a frente. A tendência também é de perda de fôlego econômico nos Estados Unidos, epicentro dos problemas globais. No segundo trimestre, os empréstimos tomados por empresas americanas caíram 60% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse número é conseqüência de dois fenômenos. O primeiro é o fato de que os financiamentos estão cada vez menos atrativos do ponto de vista das empresas — de acordo com o Fed, 80% dos bancos americanos aumentaram suas taxas de juro. E o segundo é a modificação dos critérios para a concessão de financiamentos, cada vez mais rígidos. Com o agravamento da crise, oito em cada dez bancos americanos aumentaram as exigências para emprestar. Diante do quadro atual de restrição de crédito, o mercado mundial de fusões e aquisições entrou em baixa. Neste ano, o volume das transações caiu 24% — e a queda só não foi maior porque a quebradeira acabou incentivando a compra de bancos.

O Setembro Negro

No olho do furacão, todas as atenções agora se voltam para Henry Paulson, secretário do Tesouro americano. Sua lista de prioridades parece não ter fim. Debelar uma crise bancária, descongelar o crédito, trazer tranqüilidade às bolsas de valores, evitar que os sintomas dos fundos de hedge não se desenvolvam, e por aí vai. Encontrar uma saída para a atual crise é o maior teste de sua carreira. Paulson trabalhou mais de 30 anos no banco Goldman Sachs, um dos ambientes mais competitivos de Wall Street, e saiu de lá como presidente. Quando assumiu o cargo no governo, há dois anos, seu principal objetivo era aproximar os investidores americanos da China e reduzir o déficit fiscal americano. Em retrospectiva, são metas singelas. Atualmente, Paulson tem à sua frente um desafio de outra natureza e escopo: enfrentar a maior turbulência financeira desde a Grande Depressão. Nas últimas semanas, o secretário e o presidente do Fed, Ben Bernanke, fizeram mais intervenções no mercado do que qualquer um de seus antecessores. Ao longo do Setembro Negro, nada disso funcionou. Instituições financeiras caíram feito peças de dominó. Nas próximas semanas, os dois vão precisar sacar mais coelhos da cartola para tirar a economia das trevas em que se meteu.

Analistas discordam sobre soluções e final da crise econômica mundial

Tianjin (China), 27 set (EFE).- Os analistas de mais de 100 países reunidos no Fórum Econômico Mundial de verão, realizado na cidade chinesa de Tianjin, são unânimes em quantificar a magnitude da atual crise financeira mundial, mas poucos estão de acordo quando se fala de prazos e soluções.
Os mais de 1.400 especialistas deste fórum sabem que a crise é grave, mas, quando são perguntados sobre quando acabará o tempo das vacas magras e qual a melhor fórmula para enfrentar esta situação, as respostas são as mais variadas possíveis.
"Se não houver acordo (no Congresso americano sobre o plano de resgate da economia dos Estados Unidos), haverá um problema grave nos mercados na segunda-feira", advertiu o ministro de Negócios, Empresas e Reforma Regulatória britânico, John Hutton.
"O problema se expandirá e o risco será para todos", acrescenta.
Na mesma linha pessimista, manifestou-se o vice-presidente do Citigroup, William R. Rhodes, que afirmou que o mundo se encontra em um "período de tremenda falta de confiança" e alertou que esta "é a pior crise desde a Grande Depressão".
Banqueiros, empresários, empreendedores e analistas reunidos em Tianjin concordam em destacar que a crise americana se espalhará para o resto do mundo se as autoridades reguladoras não cumprirem seu papel.
O problema surge diante da falta de acordo sobre o plano idealizado pelo secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, de oferecer US$ 700 bilhões no plano de resgate das empresas e bancos atingidos.
O vice-presidente do Citigroup, uma entidade sensivelmente afetada pela crise, defendeu a intervenção: "É preciso definir um piso para que os mercados possam funcionar de novo".
No entanto, o comissário de Comércio da União Européia (UE), Peter Mandelson, advertiu que a crise não pode gerar uma "nova onda de protecionismo", e se referiu à necessidade da criação de novos reguladores mais globais e mais inteligentes.
Outros já vêem a luz no final do túnel, como o executivo-chefe da PricewaterhouseCoopers International, Samuel DiPiazza, que declarou que a "situação está um pouco complicada, mas não se espera uma recessão global, porque os mercados emergentes seguirão puxando o crescimento".
"O crescimento econômico da China freará (de 11,9% em 2007) para um patamar entre 9% e 9,5%", reconheceu o diretor da Comissão Reguladora Bancária da China (CRBC, em inglês), Liu Mingkang, em discurso.
Recém-chegado da Assembléia Geral da ONU, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, foi ao fórum presidir abertura do plenário.
Em seu esperado discurso, Wen admitiu que a economia chinesa terá mais problemas para crescer, entre outros motivos, por causa da crise financeira mundial.
Wen lamentou que a crise hipotecária americana tenha sido o estopim da crise econômica global e explicou que os objetivos agora devem ser recuperar a confiança e estreitar a cooperação internacional.
"A confiança das pessoas, dos economistas e dos líderes é básica. Agora, a confiança é mais valiosa do que a divisa ou o ouro", disse o primeiro-ministro chinês.
Neste contexto, Wen aproveitou para reiterar a postura de Pequim de não modificar sua política macroeconômica - a revalorização do iuane é uma medida largamente reivindicada na Europa e nos EUA -, que continuará "cautelosa e prudente" diante da volatilidade mundial.
Trinta anos após a abertura econômica da China, Wen comemorou o desenvolvimento alcançado, mas pediu à sociedade chinesa para continuar aprofundando as reformas e conseguir uma "sociedade harmoniosa", termo cunhado pelo atual presidente chinês, Hu Jintao.
Muitos olham para a China como a possível criadora de um novo sistema que equilibre a situação, mesmo com a questão ideológica de fundo.
O executivo-chefe do grupo chinês de software Neusoft, Lu Jiren, resumiu a idiossincrasia chinesa parafraseando o ex-presidente chinês Deng Xiaoping, o homem que abriu o país há três décadas: "Não sei se haverá uma mudança de modelo, mas não importa. Pouco importa qual é a cor do gato, o importante é que ele pegue os ratos".

Fonte: Economia UOL

O que Fazer Nesta Crise?

Por Stephen Kanitz

Toda crise tem sete fases.

Fase 1. Não há problema na economia, diz a autoridade econômica, é tudo boato.
Fase 2. Sim, temos um problema mas tudo está sob controle.
Fase 3. O problema é grave mas medidas corretivas já foram tomadas.
Fase 4. O problema é muito grave mas as medidas emergenciais surtirão efeito.
Fase 5. Pânico geral e salve-se quem puder.
Fase 6. Comissões de inquérito e caça aos culpados.
Fase 7. Identificação e prisão dos inocentes.

Os Estados Unidos e a Europa estão na fase 5. Brasil, China e Índia estão na Fase 3. Precisamos nos proteger contra a possibilidade de chegarmos na Fase 5, quando basta um entrevistado na televisão afirmar “que esta crise é igual ou pior que a de 1929”, como vários já falaram, ou escrever no jornal “as conseqüências da crise chegaram definitivamente no Brasil”, como já foi publicado, e gerar pânico por aqui.

Não, a crise ainda não chegou no Brasil, ainda estamos na Fase 3 e mesmo se crescermos 0% este ano, o que ninguém prevê, toda empresa irá vender a mesma coisa no ano que vem. Sua promoção pode estar em risco mas não o seu emprego.

Ademais esta crise nada tem a ver, nem terá, com a severidade da crise de 1929, quando 25% dos trabalhadores perderam seus empregos e que durou até 1940 com 14%. Na pior das hipóteses, o desemprego nos Estados Unidos aumentará 3%, mesmo assim só por 24 meses.

Se tivessem líderes administrativos socialmente responsáveis, eles já teriam ido a público garantir que manteriam o nível de emprego de suas empresas nos próximos 12 meses. Hoje custa mais para se treinar um novo funcionário do que para mantê-lo fazendo algo por 12 meses. 

Depois que Alan Greenspan e Nouriel Roubini saíram dizendo que a crise era igual à de 1929, todos os americanos pararam de gastar, aumentando sua poupança e prevendo o pior.  Ninguém sabe quem serão os 25% de desempregados. Quando 100% dos consumidores param de gastar por um único mês, cria-se uma espiral recessiva imprevisível. Outra alternativa seria alertar os 3% que talvez sejam demitidos para economizar, para que os 97% possam manter normalmente suas compras evitando a espiral recessiva.

Na crise de 1929, 4.000 bancos quebraram, e a mera referência a 1929 como fizeram Greenspan e Roubini, leva pessoas leigas a correr para os bancos, o que aconteceu agora na Europa.

A imprensa perdeu a capacidade de filtrar e processar informação premida pelo tempo exíguo para colocar tudo na internet. Publicam o que vier, especialmente se for notícia ruim.

Nenhum banco comercial irá quebrar, nenhum ainda quebrou nos EEUU, e mesmo se forem um ou dois, nada se compara com 4.000. Bancos sempre quebram mas ninguém percebe. Mesmo se quebrarem, o seu dinheiro, ao contrário de 1929, está no fundo DI e não no Banco. O Fundo DI está no SEU NOME e dos demais cotistas, e se um banco brasileiro quebrar, o que não vai acontecer, seu dinheiro está salvo. No máximo você terá de esperar uma semana para a troca de administrador do seu fundo. O dinheiro está aplicado em títulos do tesouro em SEU NOME, não do Banco.

Deixar o dinheiro onde está é o mais seguro. Se você resgatar o seu fundo DI, o dinheiro cai na sua conta, e se o banco quebrar justo neste dia, você vira um credor do banco. Nossos bancos estão recebendo depósitos dos apavorados estrangeiros. Muita gente em pânico está saldando suas cotas em fundos de ações e o seu gestor é OBRIGADO a vender uma ação mesmo com ela caindo 20% no dia, algo que você jamais faria.

Acionistas majoritários não estão em pânico, nem podem nem querem vender suas ações. Só os minoritários se sentem uns idiotas porque não venderam na “alta”.

Não temos bancos de investimento no Brasil. De fato, Roberto Campos implantou neste país este mesmo modelo americano que está ruindo, mas felizmente foi uma lei que “não pegou”. Problema a menos.

Só temos bancos comerciais, e estes são muito bem controlados pelo Banco Central. Além do mais, nossos bancos têm dono, e por isto estão pouco alavancados, 4 a 5 vezes, contra 20 a 25 vezes dos bancos de investimentos americanos. 

O Brasil não está alavancado. Nossos créditos diretos ao consumidor não passam de 36% do PIB, e devem crescer para 40% no ano que vem. Os Estados Unidos estão alavancados em 160% do PIB e é esta desalavancagem súbita que está causando problemas.

Nosso Banco Central, adotou o que venho alertando há anos a países e famílias - a política de ter reservas para os dias de crise e hoje temos US$ 200 bilhões. Pela primeira vez o Brasil tem reservas para sustentar uma crise duradoura, sem ter que se endividar para cobrir furos de caixa.

Temos um sistema financeiro dos mais modernos e rápidos do mundo implantado devido à inflação galopante dos anos 90. Nos Estados Unidos demora-se duas semanas para se descontar um cheque entre bancos, por isto o sistema travou. Nenhum banco confia em outro banco numa crise destas.

Esta é a hora para disseminar a nossa força, as nossas reservas, a competência de Henrique Meirelles, primeiro administrador financeiro (Coppead) a comandar o nosso Banco Central, e já se nota a diferença. Está na hora de mostrarmos ao mundo que como a China e Índia, nós vamos crescer via mercado interno, com produtos populares, tese que há anos venho defendendo.

Esta é a hora de mostrar o que DÁ CERTO no Brasil em vez de conseguir fama no rádio e na televisão mostrando o que poderia dar errado.

Lembre-se que os verdadeiros culpados já estão se movimentando para culpar os inocentes, e assim saírem incólumes e mais poderosos.

Stephen Kanitz
stephen@kanitz.com.br

A crise e o Brasil

Entenda - no básico - a crise econômica mundial.

Replicado do blog Oficina de Gerencia.

Estamos há bastante tempo ouvindo, vendo e lendo sobre a crise econômica, empréstimos "subprime", crise imobiliária e outros termos do "economês" que nos bombardeiam todos os dias pelas diversas mídias.

Até então, procurei entender como funcionava o esquema da crise por meio das diversas fontes de notícias e ainda não tinha conseguido uma explicação plena e razoável que evitasse a linguagem corporativa dos economistas.

Pois bem, "descobri" no Correio Braziliense , em matéria assinada pelo jornalista Ricardo Allan, o melhor resumo de tudo que foi publicado a respeito do assunto e que está ao alcance do entendimento de nós outros, mortais comuns.

O que nos interessa está no "box" de cor verde onde são listados dez itens que - de forma didática - ensinam como entender a crise. Dentro do princípio da Oficina de Gerência, de que todos os gerentes devem se preocupar com todas as notícias que ocupam as manchetes dos noticiários. Os intens são os seguintes:

<1> "Nos últimos anos, os bancos concederam empréstimos imobiliários até para pessoas com problemas de crédito no segmento subprime (crédito de alto risco).

<2> As carteiras dos bancos foram revendidas para outras instituições financeiras e as hipotecas dos imóveis serviram de lastros para operações no mercado secundário.

<3> A alta procura por imóveis criou uma "bolha" de valorização dos preços.

<4> Altamente endividados, os mutuários aumentaram o nível de calote nos contratos, gerando um efeito cascata que afetou todo o sistema financeiro.

<5> Os bancos começaram a executar as dívidas e os preços caíram, causando prejuízos a quem comprou imóveis para especular.

<6> Afetadas patrimonialmente, as instituições financeiras apresentam pesados prejuízos. O Bear Stearns, quinto maior banco de investimentos dos EUA, quebrou e foi vendido por menos de 10% de seu valor ao JP Morgan Chase.

<7> As perdas patrimoniais e os prejuízos do sistema financeiro montaram um cenário de recessão nos EUA. A economia deve cair no primeiro semestre deste ano, com queda do consumo e no nível de emprego.

<8> Como os EUA são responsáveis por um quarto da economia mundial e suas importações sustentam boa parte do comércio de outros países, o mundo inteiro deve sofrer com a provável queda das compras norte-americanas.

<9> Para cobrir os rombos nas contas, bancos e cprretoras estão se desfazendo de investimentos no mundo todo. Isso e o temor de recessão mundial abalam todas as bolsas de valores.

<10> Para conter a crise, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) vem cortando juros e injetando recursos na economia com o objetivo de estimular o crédito e o consumo.

"Apesar do discurso tran­quilizador do governo, a economia brasileira se­rá sim afetada pela crise financeira internacional. A afir­mação é do vice-presidente da Associação de Comércio Exte­rior do Brasil (AEB), José Augus­to de Castro. O mecanismo de contágio seria o comércio inter­nacional. Para o economista, não é mais absurdo imaginar que o superavit comercial do país evapore a ponto de se trans­formar num déficit já em 2009. O tamanho da contração nas ex­portações dependeria da mag­nitude do desaquecimento eco­nómico mundial e da queda nas cotações das commodities.
"Embora a crise seja mais for­te na área financeira até agora, já temos todos os sintomas de contágio pela economia real nos Estados Unidos (leia quadro). Infelizmente, a economia brasi­leira também será afetada, com impacto mais forte no ano que vem", prevê. Na avaliação de Castro, o país será prejudicado por causa dá alta dependência das commodities agrícolas e mi­nerais na pauta de exportações. De tudo o que o Brasil exporta, cerca de 65% são commodities. "Não temos nenhum controle nem sobre os preços nem sobre as quantidades desses produtos. Estamos à mercê do mundo. Se ele for mal, nós iremos mal."
Os preços das commodities aumentaram nos últimos anos, mas Castro acredita que será inevitável um refluxo...

Prudência, canja de galinha e a crise financeira 2008

Por Alfredo Passos em 24 de março de 2008 às 11:21

Fonte - Site Administradores

Segundo Larry Kahaner, Inteligência Competitiva é um programa sistemático e ético de coletar e analisar informações sobre as atividades dos concorrentes e as tendências gerais de negócios para atingir os objetivos corporativos de uma empresa.
E olhar tendências para os negócios, passa não só pelas "oportunidades", mas também pelas "ameaças".
Em agosto de 2007, passamos por uma crise financeira internacional, onde especialistas ainda explicam seus efeitos para a economia e os negócios brasileiros.
Em matéria especial, a revista Exame, 29 de agosto de 2007, resume que é "o fim do dinheiro fácil", ou seja, esse é o efeito real e imediato da mais séria crise financeira dos últimos anos, e isso não é necessariamente ruim.
E dentro deste contexto, afinal o que aconteceu é bom ou ruim?
A revista The Economist (Valor 27 de agosto de 2007), pergunta: "Será que uma recessão não faria bem aos EUA".
A matéria começa citando Rudi Dornbusch, economista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT que disse "nenhum dos períodos de crescimento no pós-guerra morreu de velhice. Foram, todos, assassinados pelo Fed".
A discussão passa pela missão do Fed, que não é evitar que as recessões aconteçam.
Os maiores bancos centrais do mundo, utilizam seus recursos para prestar socorro aos mercados financeiros. Em seis ocasiões, entre os anos 90 e 2000, muitos bilhões de dólares, foram gastos para estancar as crises.
Com o a crise mexicana de 1994, 47 bilhões. Em 2007, a chamada crise do subprime, ou seja, a crise no setor imobiliário americano colocou os mercados em pânico. Com isso, os bancos centrais dos Estados Unidos, União Européia, Japão e Austrália entraram em ação, com 420 bilhões, até 21 de agosto, segundo o Fundo Monetário Internacional.
A importância da informação
Na revista Exame acima citada, o octogenário Peter Bernstein, maior filósofo mundial do risco, é entrevistado.
Sobre as lições que esta crise nos oferece, ressalta "a maioria das crises financeiras – ou talvez todas elas – desenvolveu-se a partir de uma situação em que 99% das pessoas não tinham informação. É aí que fica perigoso – quando ninguém desconfia de que algo pode estar errado. Precisamos prestar atenção nos sinais da economia e julgar isso. Na crise atual, correr grandes riscos virou quase motivo de orgulho. Investir em empréstimos subprime não é diversificar riscos. É ter milhares de créditos podres. Mas havia a sensação de que as inovações do sistema financeiro resolveriam todos os problemas. Não vamos ter outra crise dessas por algum tempo, porque a lição será aprendida. Mas pode levar tempo para o sistema se regenerar."
As inovações do sistema financeiro, foi destaque no Valor - 28 de agosto de 2007, na análise do ex-secretário da Fazenda, professor e diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas – FGV/EESP, Yoshiaki Nakano.
Prof. Nakano afirma que nos últimos vinte anos, o setor financeiro foi certamente o que teve maior avanço: multiplicação de inovações, grande desenvolvimento do tamanho do seu mercado, avanço tecnológico e integração global.
Por sua vez, comenta que da mesma forma, nunca na história tivemos uma sucessão tão grande de crises financeiras como neste período. A cada três anos elas vêm ocorrendo.
Sua avaliação é que ainda não podemos prever a intensidade e duração da atual crise.
Para a economista Maria da Conceição Tavares, Valor - 29 de agosto de 2007, "o Brasil está protegido contra uma turbulência forte e mesmo uma recessão dos Estados Unidos, devido ao que denominou – lado bom do conservadorismo do Banco Central.
Outros analistas são unânimes em afirmar que a crise de crédito imobiliário de alto risco (subprime) nos Estados Unidos está longe do fim, (DCI 25, 26 e 27 de agosto de 2007), ainda que, concordem que o problema permanece localizado no mercado financeiro.
O professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura, Planejamento e deputado federal, Antonio Delfim Netto, escreve no Valor, 28 de agosto de 2007, que a crise dos subprimes é um fenômeno largamente conhecido, que se repete irregularmente.
O professor Delfim Netto, lembra que a expectativa de altos ganhos para os agentes e de polpudos lucros para os intermediários financeiros reforçam-se mutuamente. Todos vão à felicidade geral. Enriquecem uns e outros, apenas porque têm a expectativa de que vão enriquecer.
Ainda lembra professor Delfim, que a crise atual é apenas mais uma repetição da "irracionalidade imanente" dos mercados não regulados que lotam o cemitério da história econômica desde o século XVII, quando se registrou a famosa bolha denominada "febre das tulipas", ou do século XX com a "nova economia".
Que ninguém se iluda, os subprimes são apenas um dos problemas do mundo imobiliário americano, afirma Delfim Netto. Os bancos vão salvar-se, mas seus administradores não. Os bônus distribuídos e embolsados pelos fundos estão seguros e não serão devolvidos. Quem vai perder, na opinião de Delfim Netto, são os aplicadores nos fundos.
Ou seja, daqui para a frente, os riscos serão melhor avaliados e o crédito mais cuidadoso.

Mas, os grandes bancos dizem que é cedo para saber se países escaparão ilesos (Valor 28 de agosto de 2007).
Os países emergentes estão em posição muito melhor do que no passado para enfrentar este teste, disse Charles Dallara, diretor-gerente do Instituto de Finanças Internacionais – IIF.
Então, enquanto analistas discutem a profundidade da crise, a vida nas empresas precisa continuar.
Agora a crise entra numa nova fase (Exame 26 de março de 2008). O quinto maior banco de investimento americano, Bear Stearns, de Nova York, que há exatamente um ano valia 17 bilhões de dólares, fechou acordo para ser incorporado ao JPMorgan por 236 milhões de dólares.
Segundo a matéria de Eduardo Salgado e Giuliana Napolitano, o calapso do Bear Stearnes, deu consistência a esse temor e espalhou a desconfiança. A ação do banco valia 77 dólares no começo deste março de 2008. Após o fechamento do acordo com JPMorgan, 2 dólares.
Talvez seja melhor escutar com atenção o primeiro trecho da música Engenho de Dentro de Jorge Bem Jor:
"Olha aí meu bem, prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal a ninguém. Cuidado pra não cair da bicicleta, cuidado pra não esquecer o guarda chuva".

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Como Transformar um Site num Campeão de Vendas.

foto

Paulo Roberto Kendzerski

Foi-se o tempo em que a internet era um mercado de nicho. Hoje, ela é um mercado de massa, no qual as pessoas não compram por preço, ao contrário do que muitos pensam. Comodidade, agilidade, praticidade e velocidade são as principais razões que levam as pessoas a comprarem pela web. Mas isso só acontece se elas souberem que sua empresa existe. É nesse cenário que a comunicação digital ganha, conforme mostrou Paulo Roberto Kendzerski, em palestra, nesta tarde, na ExpoVendaMais 2008.

A mesma tecnologia que permite que clientes e empresas se comuniquem por diversos meios digitais criando interatividade simultânea também possibilita que sejam criadas comunidades que vão ditar regras na criação de novos produtos e serviços ou até mesmo reunir clientes satisfeitos – e insatisfeitos – para discutir sobre o que você vende. Estar atento ao que falam de sua empresa é uma das formas mais eficazes de trabalhar sua marca na web.

Kendzerski se mostrou impressionado com a quantidade de empresas que se preocupam, no cadastro de clientes em seus sites, em pedir CPF, RG e outros dados que nada agregam. Por outro lado, deixam de lado informações fundamentais para a criação de um database marketing como quem é esse cliente, como se comporta, o que procura em seu site. Lembre-se sempre de que um site bem planejado começa desvendando quem é seu público.

E se você acredita que otimizar resultados em sites de busca é privilégio de grandes empresas, atente-se a estes dados apresentados por Kendzerski:

  • 93% dos brasileiros utilizam o Google.
  • 50% das compras on-line são feitas após pesquisa em ferramentas de busca.
  • Os três primeiros resultados do Google têm 100% de visualização, sendo que 48% dos cliques vão para o primeiro resultado.
  • 36% dos americanos consideram o primeiro resultado do Google a empresa mais importante do setor.

Portanto, quando for trabalhar seus anúncios, seja para ferramenta de busca ou link patrocinado, tenha sempre em mente o conceito de “cauda longa”, criado por Chris Anderson. Seja específico, tenha muito bem definido o quê e para quem deseja vender. Nunca esqueça de que onde há baixa demanda e pouca concorrência a chance de sucesso é maior. Fazer o que os outros fazem e falar como os outros falam é uma das maiores armadilhas da comunicação on-line.


Paulo Roberto Kendzerski é diretor de marketing da WBI Brasil, consultoria especializada em planejamento de WEB Marketing e Comunicação Digital.

Fonte: Expo VendaMais

Cenários e Tendências

Fonte: Expo VendaMais

fotoFátima Toledo

“Nunca antes na história deste país estivemos tão preparados para enfrentar uma crise internacional.” A declaração de Fátima Toledo funciona como um resumo do que foi falado por ela durante a apresentação.

A palestrante, que foi ao palco para expor cenários e tendências econômicas para o ano que vem, mostrou ao público presente que, apesar de a crise econômica internacional estar cada vez mais próxima dos brasileiros, é preciso se acalmar, pois o momento vivido pelo Brasil é um dos melhores de sua história e tudo leva a crer que o País sairá bem desse momento difícil.

Durante a exposição, Fátima falou sobre o crescimento econômico no Brasil e no mundo, a realidade econômica do País, a crise norte-americana, as reservas do Pré-sal e também sobre os possíveis resultados desse panorama atual. Para ela, o que o mundo está vivendo hoje não chega a ser uma recessão – e nem chegará a esse ponto. A especialista afirma que o máximo que acontecerá é uma desaceleração no crescimento, o que pode até ser bom para a economia brasileira.

Além disso, Fátima deu exemplos simples para que o público entendesse qual é o panorama do Brasil atualmente. Ela explicou que os países que são considerados referência para análise de resultados brasileiros são os do chamado BRIC – Brasil, Rússia Índia e China. Com isso, ela apresentou índices de crescimento, variação de PIB e outros dados que mostraram que o Brasil está crescendo, mas que ainda fica longe desses países que servem de base para análise.

“Um problema não pode ser resolvido pelo mesmo tipo de raciocínio que o criou”. Com a frase de Albert Einstein, Fátima encerrou a palestra e deixou a maior dica no ar: quer sair da crise? Pense diferente!


Fátima Toledo
É professora de Estratégia de Empresas e Cenários e Tendências do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getulio Vargas. É doutoranda em Antropologia do Consumo na USP e mestre em Administração de Empresas pela EAESP-FGV, tendo concluído o curso na Melbourne Business School (MBS), Austrália. Graduada em Economia pela FEA-USP e Filosofia pela USP. Atua como consultora em planejamento estratégico, Balanced Scorecard, reposicionamento e gestão de marca.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

JOSEPH STIGLITZ: SEM MEIAS PALAVRAS

Fonte: HSM

Prêmio Nobel de Economia é crítico severo do neoliberalismo. Ao analisar a crise americana,
defende a redefinição de um sistema regulatório que, inclusive, impeça que os incentivos aos
executivos de instituições financeiras premiem o que chama de “mau comportamento” e
“pilhagem dos consumidores”.

“Os americanos perderam a fé não somente no governo, mas em sua filosofia econômica: um
novo assistencialismo empresarial, que é mascarado por uma ideologia de livre-mercado”.
Essa é apenas uma das inúmeras contundentes afirmações que Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel
de Economia de 2001 e palestrante da ExpoManagement 2008 da HSM, usa para avaliar o
desempenho questionável das autoridades americanas diante da tsunami econômica que
atingiu os Estados Unidos.

O Tio Sam está enfermo e o mundo todo está em guarda. “Há um tempo, nos disseram que
estava tudo bem. Seis meses depois, que a economia estava melhorando. Agora, que o
paciente precisa de uma grande transfusão. Mas todo mundo vê que o paciente sofre é de
hemorragia interna”, disse Stiglitz em sua coluna de 1º de outubro no jornal inglês The
Guardian.

De fato, quase todo mundo vê. Não é à toa que 74% dos americanos rejeitam a política
econômica de George Bush. Mas Stiglitz não é só mais um crítico implacável de uma situação
evidentemente grave. Ele também oferece sua receita de solução. Além disso, contrário ao
fundamentalismo de livre-mercado, o economista foi um dos que anteviram o risco que os
Estados Unidos corriam. E acertaram.

“Monstruoso.” Sem meias palavras, assim Stiglitz adjetiva o plano de socorro ao setor
bancário, em entrevista concedida ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. Para ele,
o plano que Bush tenta aprovar no congresso americano perversamente transfere o problema
para o contribuinte americano. Segundo Stiglitz, o filme é praticamente uma reprise. Há cerca
de dez anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Tesouro americano tentaram ajudar o
Brasil, a Argentina, a Coréia, a Tailândia, a Indonésia e a Rússia. Embora Wall Street tenha se
salvado, recebendo de volta quase tudo o que perdera, nós, os contribuintes desses países,
pagamos pelos erros do mercado financeiro. Para o economista, agora a conta pode sobrar
para o povo americano. É o que faz a diferença nessa peleja entre Bush e os parlamentares
americanos.

Pela intervenção na economia

Stiglitz considera ser necessário um pacote de forte estímulo à economia, de modo a aumentar
os benefícios aos desempregados e a ajuda aos estados, que correm o risco de ter que cortar
gastos, o que pioraria a situação. “Precisamos de mais investimentos tanto no setor público
quanto no privado”, diz no The Guardian.

O economista é conhecido mundialmente pelas severas críticas que faz à teoria do laissez faire
(deixai fazer), o mote do liberalismo defendido por Adam Smith no século XIX. O laissez faire
virou fundamentalismo de livre-mercado na boca de George Soros, ou neoliberalismo. Segundo
Smith, a economia de mercado opera sob uma mão invisível, que promove o equilíbrio sócioeconômico
e orienta os indivíduos, em condições ideais. Raro, contudo, é que as condições
sejam ideais. À época em que recebeu o Prêmio Nobel, Stiglitz não se furtou a comentar que
as doutrinas neoliberais baseavam-se em erros de interpretação das teorias econômicas. Foi
justamente derrubando Adam Smith que Stiglitz se fez merecedor do Nobel (veja mais
detalhes ao final deste artigo).

Como a maioria dos republicanos conservadores, Bush é contrário às intervenções na
economia. Teve que dar o braço a torcer, contudo. Ao apelar ao congresso, justificou-se: "Eu
tenho profunda crença nas trocas comerciais livres, por isso me oponho a qualquer intervenção
do governo. Mas essas não são circunstâncias normais”.
Em entrevista ao jornal The Huffington Post, Stiglitz afirmou que a crise em Wall Street é para
o fundamentalismo de mercado o que foi a queda do muro de Berlim para o comunismo: “Ela
diz ao mundo que esta maneira de organização econômica não se sustenta. Este momento é
um marco do fato de que as demandas pela liberalização do mercado financeiro foram
equivocadas”.

A hora do mea culpa

Stiglitz considera que é relevante ir a fundo às causas da crise, de modo que se possa evitar
ou amainar novas crises. Em sua opinião, falharam os reguladores federais, como o Federal
Reserve (Fed, o Banco Central americano), mas também os executivos das instituições
financeiras estão no cerne do problema.

O Fed teria falhado como regulador e como condutor da política monetária. “Seu excesso de
liquidez (o dinheiro disponível para empréstimos a baixas taxas de juros) e os regulamentos
frouxos levaram a uma bolha da habitação. Quando a bolha estourou, os empréstimos
excessivamente alavancados e feitos em cima de ativos superavaliados, se deterioram”,
explica Stiglitz. Historicamente, a expansão acelerada dos empréstimos tem sido responsável
por uma grande parcela das crises e esta não é exceção, segundo ele.

Além disso, para o economista, o próprio Alan Greenspan, um regulador-chave, não acredita
na regulação. “Nosso país sofreu as conseqüências de ter escolhido como regulador-chefe da
economia alguém que não acreditava na regulação”, observa. “Quando os excessos no sistema
financeiro foram notados, eles apelaram para a auto-regulação, o que é um paradoxo.”

Greenspan presidiu o Fed entre agosto de 1987 e janeiro de 2006.
Após o problema da bolha tecnológica, que levou ao corte de juros de 2001, e o aumento do
preço do petróleo, decorrente da Guerra do Iraque, que fez com que o dinheiro que era gasto
em bens americanos fosse para o exterior, o Fed, na tentativa de manter a economia
funcionando, teria, na visão de Stiglitz, substituído a bolha tecnológica pela bolha da
habitação. “A poupança doméstica caiu para zero, ao nível mais baixo desde a Grande
Depressão. O Fed conseguiu manter a economia, mas de maneira míope. Os Estados Unidos
estavam sobrevivendo de dinheiro emprestado e de tempo emprestado”, avalia Stiglitz.

Quanto à culpa que cabe aos executivos das instituições financeiras, o caso seria relativamente
simples e, talvez, óbvio: esses profissionais e seus empregadores eram premiados pelo
desempenho de curto prazo, por meio de incentivos que não estavam alinhados com as
necessidades da sociedade. “Eles eram muito bem remunerados por administrar riscos e alocar
capital, o que deveria aperfeiçoar a eficiência da economia de modo tal que justificasse sua
generosa remuneração. Mas eles erraram ao alocar o capital e ao gerir o risco. Eles geraram
riscos.” Para Stiglitz, a estrutura de incentivos encorajava a assunção excessiva de riscos:
“Construímos incentivos para o mau comportamento e atingimos o objetivo”.

Redefinindo o sistema regulatório

“Precisamos, claramente, não apenas de regulação, mas de uma redefinição do sistema
regulatório”, defende o economista, não se furtando a apontar caminhos. Para isso, Stiglitz
considera um pré-requisito a atuação de políticos e criadores de políticas que acreditem na
regulação.

Ele também postula que se deva implantar um sistema que possa lidar com a expansão dos
instrumentos financeiros e das finanças. Algumas de suas recomendações foram elencadas em
seu artigo do site da rede CNN:
1. Corrigir os incentivos aos executivos, atenuando os incentivos por assunção excessiva
de riscos e por foco no curto prazo. Bônus sobre retorno em cinco anos, por exemplo, em vez
de sobre o retorno em um ano, contribuiriam para tanto.
2. Aperfeiçoar as informações aos acionistas a respeito da diluição do valor das cotas em
função de opções de ações, pois as opções de ações encorajam a contabilidade desonesta e
precisam ser freadas.
3. Criar uma comissão para a segurança do produto financeiro, de modo a garantir que os
produtos comprados e vendidos pelos bancos, fundos de pensão etc. sejam seguros para o
“consumo humano”.
4. Criar uma comissão de estabilidade dos sistemas financeiros, para monitorar o sistema
financeiro como um todo, reconhecendo as inter-relações entre as diversas partes e evitando a
alavancagem excessiva.
5. Impor outros controles para aperfeiçoar a segurança e a saúde do sistema financeiro,
que atuem como radares limitadores dos empréstimos.
6. Melhorar leis de proteção ao consumidor, incluindo leis que impeçam o empréstimo
predatório.
7. Melhorar leis de concorrência.

A respeito da concorrência, Stiglitz não suaviza as tintas: “As instituições financeiras foram
capazes de pilhar os consumidores devido à falta de concorrência. Não podemos nos ver em
situações em que uma empresa ‘é muito grande para falir’. Se é grande assim, deve ser
dividida”.

Mais sobre Stiglitz e suas idéias
Joseph E. Stiglitz é professor de Economia da universidade da Colúmbia. Foi economista-chefe
e vice-presidente do Banco Mundial na administração Clinton, além de presidente do Council of
Economic Advisers, no mesmo período. Hoje, apóia a candidatura de Barack Obama à
presidência dos Estados Unidos.

Stiglitz fez parte do grupo de especialistas em mudanças climáticas que compartilhou o Prêmio
Nobel da Paz em 2008. É co-autor, com Linda Bilmes, de Three Trillion Dollar War: The True
Costs of the Iraq Conflict.

É um crítico severo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Afirma que a instituição pressiona
os países pobres à concorrência internacional sem que antes tenham desenvolvido a devida
proteção democrática aos seus cidadãos.

Em 2001, recebeu o Prêmio Nobel de Economia (junto com George Akerlof, da Universidade da
Califórnia, e Michael Spence, da Universidade de Stanford) por uma teoria que chama a
atenção para as desigualdades entre ricos e pobres e que põe por terra a teoria da mão
invisível de Adam Smith: “A razão pela qual a mão invisível é invisível é por que ela não existe
ou, quando existe, está paralítica”, disse, em aula magna que ministrou ao receber o prêmio.

Stiglitz é um pioneiro da teoria da informação assimétrica, que postula que as partes de uma
transação não têm igualdade de informações. Um dos lados estará em desvantagem, pois
informação é poder. Essa idéia contradiz antigas teorias econômicas, que se baseiam na
existência de informações perfeitas. A teoria da informação assimétrica põe em xeque a
sabedoria do mercado e auxilia a compreender muitos fenômenos, inclusive o desemprego e o
racionamento de crédito.

Crise mundial acende luz amarela no Marketing

Por Bruno Mello
bruno@mundodomarketing.com.br

A crise financeira que está abalando a economia norte-americana não poderia ter chagado em pior hora na Europa e no Brasil. Isso porque é nestes três últimos meses que grande parte das empresas concentra o planejamento de Marketing para o próximo ano.

E se este período já chegou a se arrastar até março em alguns casos sem nenhuma crise com proporções iguais a esta, é de se esperar que pouco se concluirá para o cenário 2009 diante de tantas indefinições.

Se o consumo no Brasil cresce em ritmo acelerado nos últimos anos, e por conseqüência, houve incentivo e demanda de novos bens e serviços, é porque há um real crescimento no poder de compra da população em geral, sim, em virtude do bom momento econômico brasileiro, mas boa parte deste fôlego se deve a fatura de crédito.

Previsão de menos verba e crédito
Com a evaporação do dinheiro mundial, o crédito ficará mais caro e até escasso para bancar novos investimentos. Sem verba, o Marketing é um dos primeiros departamentos a serem visitados com a tesoura na mão. E quando se fala em Marketing, de acordo com uma visão que o Mundo do Marketing entende, está envolvida toda a estrutura da empresa: produto, pessoas, clientes, stakeholders, tudo.

Neste momento em que os lucros das multinacionais instaladas aqui estão sendo drenados com mais intensidade para suas sedes para estancar os prejuízos, as ações de Marketing terão que se reinventar ainda mais.

Este período de planejamento que estará sendo desenvolvido com a sobra da crise precisa ser ainda mais assertivo do que em outras épocas. É um desafio a mais para quem está de um lado do balcão e um frio na barriga ainda maior de quem depende das fartas verbas de Marketing.

Dúvidas sobre o investimento em Marketing
Com os grandes investimentos em promoções, publicidade, trade marketing e criação de novos produtos concentrados em grandes empresas, pode se esperar uma diminuição no volume de produtos derivados destas estratégias que estão sendo traçadas. Quem tem previsões otimistas para 2009 talvez se decepcione. Isso sem contar que será um ano sem Olimpíadas nem Copa do Mundo.

Por mais que a crise tenha acendido o sinal de atenção dentro do Marketing, especialistas do mercado financeiro acreditam que, como a crise atingiu o seu auge em setembro, a fase daqui a dois, três meses, será de retomada. E aí já estamos no fim do ano. A pergunta que você pode ser fazer é: arriscar agora ou esperar e perder tempo?

A resposta vai depender de caso em caso, mas uma coisa é certa e preocupante: “As empresas estão muito mais preocupadas com o fim do mês do que com o fim do mundo”. Esta frase de João De Simoni, maior autoridade no Brasil em Marketing Promocional, faz cada vez mais sentido.

Mundo do Marketing: Publicado em 6/10/2008

Criatividade em Mídia Alternativa

Muito legal este tipo de mídia, são equipamentos com sensores de movimento que funcionam quando passamos próximo. alguns possuem imagens, sons e movimento.

Gualber Calado faz palestra no 1 Franchising Nordeste - Recife 2009