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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Declínio da Motorola é sinal de alerta à indústria de telefonia celular


O rápido declínio da Motorola nos últimos anos causou forte abalo no setor de comunicação sem fio e serve como um sério lembrete de que o produto da moda hoje pode sofrer profunda rejeição amanhã.

A notícia de que a Motorola talvez se veja forçada a vender sua divisão de celulares serve como alerta para qualquer fabricante de aparelhos que não se mantenha desenvolvendo modelos e tecnologias para manter o interesse dos consumidores, disseram executivos do setor na maior feira mundial de telefonia móvel, o Mobile World Congress.

"Temos de trabalhar com afinco e de maneira inteligente. De outro modo, uma empresa que esteja no segundo posto do mercado pode enfrentar sérias dificuldades em prazo muito curto", disse Chang Soo Choi, executivo de marketing da Samsung Electronics, que superou a Motorola no ano passado e se tornou a segunda maior fabricante mundial de celulares.

Três anos atrás, a Motorola, responsável pelo primeiro telefonema feito por celular, em 1973, parecia estar no topo do mundo. A empresa havia criado o Razr, um modelo ultrafino que ditou tendências ao setor e parecia muito distante de seu primeiro aparelho comercial, lançado em 1984 e posteriormente apelidado de "tijolo".

O Razr se tornou o celular mais comentado do mundo e gerou uma nova moda de aparelhos finos. A Motorola chegou a mencionar em público a possibilidade de superar a líder do setor, a Nokia, por volta da metade de 2006.Mas o Razr envelheceu e nenhum de seus sucessores se provou original o bastante para convencer os consumidores que se deixaram atrair pelos recursos de música e vídeo, fotos ou email de aparelhos como os da Nokia, o Blackberry, da Research in Motion ; e, mais recentemente, o iPhone, da Apple.

Em janeiro de 2007, a Motorola estava se desculpando diante dos investidores pela queda nas vendas de seus celulares, que continuou ao longo do ano. No quarto trimestre, sua fatia de mercado havia praticamente caído à a metade, 12 por cento, dos 23 por cento que detinha no ano anterior.

O presidente-executivo da Motorola Ed Zander deixou o posto e no mês passado seu sucessor, Greg Brown, anunciou uma revisão estratégica que segundo ele pode levar à separação da deficitária divisão de aparelhos móveis do restante dos negócios da companhia.

Analistas interpretaram o anúncio como indício de que a Motorola está buscando a venda de sua divisão de celulares, apesar de Brown afirmar esta semana em Barcelona que a companhia continua comprometida totalmente em obter uma recuperação puxada por produtos.

Enquanto isso, o mercado ainda se lembra de um alerta anterior. A taiuanesa BenQ, conhecida atualmente como Qisda Corp, comprou a deficitária divisão de celulares da Siemens em 2006 e ela acabou entrando em colapso porque não conseguiu competir em um mercado muito disputado.

Per Aspemar, diretor de estratégia da quarta maior fabricante de celulares do mundo, Sony Ericsson, vê as dificuldades da Motorola como reflexo da violenta competição na indústria de telefonia global, que tem empresas da China à Finlândia brigando por participação de mercado.

"É um lembrete para todos sobre a velocidade da indústria e o qual importante é ter um forte catálogo de produtos", disse ele.

Fonte: Reuters

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