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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Copa impulsiona vendas de TVs e artigos esportivos

No país pentacampeão do mundo de futebol, não é surpresa que a proximidade de uma Copa do Mundo seja encarada com entusiasmo pelos torcedores. De olho na euforia, o comércio projeta aumento significativo nas vendas e já se prepara para lucrar. Setores como os de artigos esportivos, TVs e brindes devem apresentar os melhores resultados.
"A Copa é um evento que sempre movimenta alguns segmentos. Os televisores - com as novas tecnologias, a queda de preços e a maior facilidade de pagamento - devem ter alta nas vendas", cita Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele aposta ainda em artigos esportivos e em algumas categorias de alimentos e bebidas, como cerveja e pipoca.
De acordo com Lourival Kiçula, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a perspectiva é de aumento entre 15% e 20% nas vendas em 2010 em relação a 2009. No ano passado, foram vendidos 9,5 milhões de televisores no País. Para este ano de Copa do Mundo, o cenário mais otimista projeta vendas de até 11,5 milhões de unidades.
O comércio popular também espera uma alta de até 20% nas vendas em relação a 2009, segundo Alexandre Navarro, diretor da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco). Já Rene Djkeim, diretor da Associação Brasileira dos Lojistas de Equipamentos e Materiais Esportivos (Abraleme), prevê crescimento de 14% nas vendas.
O aquecimento do comércio em alguns setores, por conta da Copa do Mundo, pode ajudar inclusive a elevar as vendas de um modo geral. "Em 2006, houve um crescimento de mais ou menos 2% no varejo em relação a 2005, sendo que não ocorreu uma alteração tão grande na renda", afirma o professor Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Para Solimeo, o aumento nas vendas, por ser mais concentrado em alguns setores, não cria um impacto significativo no varejo como um todo. "Durante os jogos do Brasil, há também uma queda significativa nas vendas do comércio geral. O total de compras de impulso é reduzido", explica o economista da ACSP. "Em jogos do Brasil no período da tarde, a partir do meio-dia já se observa uma queda grande nas consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), que quase zeram durante a partida. O comércio só começa a se recuperar dessa queda no fim da tarde", diz.
Otimismo
Para os setores que devem registrar aumento nas vendas, o clima é de otimismo. "Estamos para entrar num momento de prosperidade para a venda de materiais esportivos, que vai seguir pelo menos até 2016, já que o Brasil vai sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos", destaca Djkeim.
"As vendas no varejo devem aumentar agora, com a proximidade da Copa. Mas no atacado já registramos boas vendas, pois muitas empresas acabam comprando camisas e outros produtos para distribuir aos funcionários", afirma Djkeim. De acordo com a rede de lojas de material esportivo Centauro, nos anos de Copa é como se houvesse dois Natais, devido ao alto consumo de produtos associados à seleção brasileira.
No setor de TVs, o destaque são as novidades tecnológicas. "Apostamos bastante na alta das vendas dos televisores de LCD e LED", afirma Kiçula. Segundo ele, as vendas de aparelhos da nova geração suplantaram as dos modelos convencionais (de tubo) em março deste ano. "Normalmente, nossas vendas se concentram 60% no segundo semestre e 40% no primeiro. Com a Copa, a relação se inverte: 60% no primeiro semestre e 40% no segundo", diz Kiçula.
Variedade
No comércio popular, a aposta está concentrada na variedade. "As lojas vêm agregando o verde e o amarelo a diversos produtos", explica Navarro, da Univinco. "Nós temos um diferencial que é a variedade de produtos com o tema da Copa - de bandeiras, camisas e bandanas a tecidos e bijuterias, embora a maioria das vendas seja de produtos que fazem barulho, como buzinas, tambores e cornetas."
De acordo com Navarro, as vendas permanecem aquecidas até a primeira fase da Copa. "Há um estouro de vendas após o primeiro e o segundo jogo", explica. "Depois dá uma acalmada." Localizada na 25 de Março, a Armarinhos Fernando espera uma alta de 8% nas vendas em relação à Copa de 2006.
Pra Frente Brasil
Um fator que pode impactar - para o bem ou para o mal - as vendas neste período de Copa do Mundo é o desempenho da seleção brasileira na competição. Um bom papel não só mantém a euforia como estende o período de vendas relacionadas ao torneio. Já uma eliminação precoce pode ser um pesadelo para o varejo. "Se a seleção cair fora cedo, muda tudo. O consumidor fica desanimado e isso se reflete na venda de TVs", afirma Kiçula.
"Como a maior parte das nossas vendas se concentra na primeira fase da Copa, uma eliminação precoce tende a não ter um impacto tão grande. Mas na outra ponta, a das pessoas que fazem estoques de produtos no atacado da 25 de Março para revenda, pode haver um impacto muito maior", afirma Navarro.

Fonte: O Estado de São Paulo

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