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Este blog foi desenvolvido para discutir, informar e difundir os desafios do marketing no mundo atual, ajudando a realização da venda com excelência.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Crise estimula consumidor a pagar à vista, diz ACP

Fonte: Investnews

A crise financeira internacional faz recuar as vendas a prazo e induz o consumidor a pagar as compras à vista, o que é um bom negócio para o comércio, na avaliação da Associação Comercial do Paraná (ACP).

Segundo o vice-presidente de Serviços da entidade, Élcio Ribeiro, a previsão para este Natal é de aumento de 4% nas vendas a prazo, percentual menor do que o do passado, que foi recorde (13,3%).

"A vantagem é que o consumidor terá o poder nas mãos. Com dinheiro, ele pode negociar com o empresário. O empresário, com recursos em caixa, pode negociar com o fornecedor. É o efeito cascata, que beneficia toda a cadeia e que pode resultar num dos melhores natais para o comércio", afirmou.

De acordo com Ribeiro, o valor médio da compra por consumidor deve ser de R$ 70 e a maior parte deve optar por confecções e calçados.

"Estamos lidando hoje com um consumidor bem-informado", disse o vice-presidente.

O recuo nas vendas a prazo e o aumento da taxa de inadimplência foram os dois sintomas verificados pelo comércio logo no início da crise. A explicação para isso, segundo Ribeiro, é que o consumidor foi cauteloso: pagou as contas que considera prioritárias, deixou dinheiro no bolso para emergências e preferiu pagar a prestação de compras já feitas com o décimo terceiro salário.

"Por exemplo, até agosto, durante cinco meses, a taxa de inadimplência se manteve em queda de 0,21%, a menor da série histórica iniciada em 1994. No mês de agosto foi 0,14% negativa, em setembro saltou para 0,21%. No último mês de outubro recuou para 0,15%", destaca.

A ACP recomenda que os empresários não repassem possíveis ajustes do dólar ao consumidor em uma só parcela. Ele acredita que o setor só vai sentir "de verdade" os efeitos da crise financeira internacional no início do ano que vem.

"Ela vai demorar de 90 a 120 dias para chegar ao varejo" prevê o vice-presidente da entidade.As informações são da Agência Brasil.

Natal aquece vendas de chocolate, diz Abicab

Diário do Grande ABC

O Natal já é considerado uma ‘segunda Páscoa’ para os fabricantes de chocolate. As vendas de produtos de chocolate de uso continuado (como barras, bombons e tabletes) devem alcançar 26,1 mil toneladas em dezembro – um aumento de 5% ante o mesmo mês de 2007, segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados).

A média mensal deste ano estimada pela entidade foi de 23,8 mil toneladas, um crescimento de 4,8% ante o mesmo período de 2007. No ano passado, a média mensal foi de 22,7 mil toneladas, 15,8% acima de 2006 (com 19,6 mil toneladas).

No final do ano, os fabricantes de chocolate estimulam o desejo dos consumidores, exercendo toda a sua criatividade com o lançamento de produtos alusivos à época, seja em formatos, seja nas embalagens ou no conceito. Além de presente pessoal, o chocolate também tem sido oferecido como brinde de empresas, é parte importante das cestas de Natal e também vai à mesa como ingrediente nobre do cardápio das ceias e almoços festivos.

"Nosso lema é que o chocolate qualifica quem dá e agrada a quem recebe", diz o vice-presidente da Abicab, Mauricio Weiand. "É um produto eclético. Pode ser sofisticado, exótico, proporcionar diversão e, ao mesmo tempo, oferece uma grande variedade de sensações de prazer", comenta.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Levantamento indica que em tempos de tensão na economia o marketing está em alta

As empresas brasileiras não estão interrompendo a busca por investimentos, mesmo com os efeitos da crise nos mercados financeiros ainda dando sinais.

Ao que tudo indica, as ações de marketing deverão crescer no próximo ano em relação ao que foi realizado em 2008.

Um levantamento realizado pelo Ibope Inteligência no mês de outubro mostrou que as empresas pretendem aumentar a parcela do orçamento destinada ao plano de marketing em aproximadamente 13%.

O crescimento coincide com o que foi verificado entre 2007 e 2008.

Conforme os resultados da pesquisa, as companhias investiram 7,6% de seus orçamentos em marketing e para 2009 a projeção é de 8,6%.

Para os entrevistados, as principais preocupações em relação a 2009 são relativas a desaceleração da economia nacional, carga tributária, recessão mundial e retração na economia americana.

Os entrevistados acreditam que o uso de algumas ferramentas de marketing será intensificado no próximo ano.

Foram citadas a comunicação dirigida, tais como e-mail marketing e mala-direta (54% dos entrevistados), relacionamento/CRM-Customer Relationship Management (54%), eventos (50%), assessoria de imprensa e relações públicas (33%), comunicação de massa (31%), merchandising (18%) e promoções (16%).

Em relação aos meios de comunicação que serão mais procurados pelas companhias em 2009, destacam-se internet (56%), e-mail marketing (39%), mídia impressa (24%), mala-direta (23%), TV Aberta (16%), celular (13%) e rádio (10%).

Fonte: Assessoria de Comunicação Sistema Fecomércio-RS

O mercado de Espumas no Brasil - Uma visão crítica.

CRISE ECONÔMICA MUNDIAL - O maior desafio das últimas décadas para o empresariado e governo brasileiro.

Autor: Professor Luiz Alberto

Luiz Alberto S. dos Santos - Químico Especialista

Lembro-me muito bem das inúmeras desculpas que era levado a dar aos clientes do mercado quando o preço do TDI era aumentado. Reuníamo-nos na empresa para unificarmos o discurso de forma que a justificativa fosse igual para todos. A empresa praticamente mantinha o monopólio do produto (TDI) no mercado brasileiro e não tinha para onde correr. A importação era difícil e as outras marcas disponíveis no Brasil, até por limitações de logística, não ultrapassavam uma participação de 20 ou no máximo 25% do mercado. Me lembro muito bem que uma das justificativas, em determinada ocasião, foi a elevação acentuada do preço do petróleo. Inegavelmente, o TDI bem como os polióis, são derivados diretos do petróleo e é certo que haja reajustes na razão direta com o aumento do preço de petróleo.

Com toda a lógica e todo o raciocínio cartesiano aplicado sem muita dificuldade, para estabelecer a relação entre os ajustes de preço das matérias-primas básicas do poliuretano e o petróleo, o que não consigo entender é: por que o estúpido aumento de um dia para o outro das matérias-primas por conta do dólar uma vez que o barril de petróleo despencou?

Fazendo uma conta básica: vamos supor que no início da crise o barril estava na casa dos US$150 e hoje está na casa dos US$55 enquanto na mesma época o dolar estava na casa dos R$1,68 e hoje na casa dos R$2,33. Se pegarmos uma calculadora dessas tipo made in china (não precisa ser uma HP 12C) e fizermos uma operação matemática simples, podemos verificar que o preço do petróleo caiu 63,33% e o dólar aumentou 38,69%. Em outras palavras, as matérias-primas deveriam ter sofrido uma diminuição de preços da ordem de 25%.

Muito provavelmente temos instalada no Brasil uma capacidade mínima produtiva de 5.250 ton-mês de TDI (63.000 ton-ano) e 6.250 ton-mês de Poliol Poliéter Triol de No. OH = 56 (75.000 ton-ano). Essas matérias-primas são fabricadas em solo brasileiro, por plantas instaladas em polos petroquímicos no Brasil, operadas por trabalhadores assalariados brasileiros, consumindo petróleo ora brasileiro ora importado (saudita, por exemplo), consumindo energia elétrica produzida no Brasil por nossas hidrelétricas ou termoelétricas, e transportadas basicamente via rodoviária com diesel e pneus fabricados no Brasil.

É sabido que, muito provavelmente, os tanques de estocagem de determinadas empresas distribuidoras de Poliol Poliéter Triol básico, para fabricação de espumas flexíveis de poliuretano, somam entre 800 e 1.200 toneladas. É muito pouco provável que esses tanques estivessem completamente vazios de produtos ao longo do início da crise de explosão do dólar.

Como diz o ditado "para bom entendedor, um pingo basta". É uma vergonha, uma imoralidade, como os reajustes de preços das matérias-primas básicas (TDI e poliol) são repassados para o mercado. Os lojistas não vão aceitar aumentos nos preços de 30 ou 40% nos colchões ou estofados, nos dublados, nos travesseiros e peças técnicas. É uma estupidez astronômica.
A indústria automotiva está em crise acentuada. Vai ter que enxugar, reduzir a produção, cancelar projetos e, inevitavelmente e lamentavelmente, demitir. Como é que esse segmento de mercado vai aceitar qualquer aumento de preço em seus insumos (dublados de espuma) e demais peças poliuretânicas? Não precisa ter bola de cristal para imaginar.

O dinheiro que o governo liberou para os bancos não está sendo disponibilizado para o crédito do consumidor como seria o objetivo. Na verdade os bancos estão aplicando esses recursos para se proteger e ganhar ainda mais dinheiro com a situação. Em resumo, o povo não está tendo qualquer facilitação no crediário como imaginava o governo brasileiro. Isso significa que não vai ser fácil vender, lá na ponta para o consumidor, um jogo de estofados ou colchão 30 a 50% mais caro do que a um ou dois meses atrás.

Acho que a ficha ainda não caiu. Neste natal não vai ter explosão de consumo. Essa crise é muitas vezes maior do que a crise de 29. Foram mais de 3 trilhões de dólares que deixaram de existir da noite para o dia, dólares esses que nunca existiram a não ser virtualmente, nas supervalorizações de papéis e títulos sem os devidos lastros financeiros. Tudo virtual. O modelo econômico americano montado em papéis está ruindo, ruindo como um castelo de cartas.

No Brasil temos petróleo; temos energia (hidrelétrica, termoelétrica, eólica, solar e até nuclear); temos minérios variados (ferro, ouro, manganês, urânio, cromo, e tantos outros), quase uma tabela periódica inteira; temos solo fértil e uma agricultura vasta; temos pastos; temos a maior produção de biocombustível (álcool da cana); temos um clima favorável à diferentes culturas e criações. Eu não tenho a menor dúvida que somos um dos celeiros do mundo.

RELAÇÃO DE SERVIÇOS OFERECIDOS AOS FABRICANTES DE ESPUMA

Nossas referências de preços não precisam, não podem e não devem estar atreladas com moedas do mundo. Nosso mercado interno é gigante. Somos cerca de 190 milhões de consumidores que pouco a pouco vai se informando, por rádio, por televisão, por telefonia ou por internet. Praticamente, salvo raras exceções, somos 190 milhões de cidadãos interligados por uma ampla rede de comunicação.

Quem sabe se no futuro o biodiesel possa ser uma opção economicamente viável e auto-sustentável. Mas hoje, independentemente do biodiesel, nossos carros e caminhões podem se locomover com álcool que é plantado em nosso solo. As usinas, além de obterem o álcool, ainda geram o bagaço que é em quase sua totalidade queimado nas termoelétricas para produzir energia elétrica, viabilizando os atuais patamares de preços do álcool combustível.

Temos uma das maiores criações de gado do planeta, temos carne, queijo e leite e demais derivados. O sebo é matéria-prima para a indústria de sabão e também pode fornecer um dos melhores tipos de biodiesel.

Temos comida à vontade. Em qualquer pedaço de terra o que se planta dá. Não tem porque haver fome neste país. Temos a maior reserva de minério de ferro do mundo. Fabricamos o aço em nossos fornos e todos os seus produtos e derivados em nossas siderúrgicas e metalúrgicas. Temos pouco algodão mas temos toda uma gama de materiais e fibras sintéticas derivadas do petróleo. Temos as poliolefinas, os elastômeros e borrachas, as poliamidas (nylons), os poliésteres e poliéteres, e uma infinidade de outros plásticos.

Temos toda uma indústria de construção civil altamente qualificada que exporta serviços e tecnologia para outros países.

Temos inúmeras universidades e escolas técnicas espalhadas por todo o país, com um contingente enorme de cientistas, professores, alunos e profissionais altamente capacitados para produzir, inventar, e desenvolver qualquer processo ou produto. É só apresentar o desafio para que eles sejam capazes de superar. Nossa gente, nosso povo pode e é altamente capaz.

# Análise e Redução de Custos de Formulação
# Análise e Solução de Problemas na Espumação
# Desenvolvimento de Novas Formulações / Novas Matérias-Primas
# Auditoria em Formulações e Processo de Espumação
# Treinamento Técnico de Espumadores (Produção)
# Treinamento Técnico em Montagem de Formulações
# Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos

Por tudo isso, é inaceitável, é vergonhoso o abuso que se está cometendo no fornecimento das matérias-primas básicas para a fabricação dos poliuretanos no Brasil, por conta dessa dita crise mundial. A maior crise e a pior delas, é a crise de vergonha, digo, de falta de vergonha de como as empresas supridoras de matérias-primas estão agindo com os produtores brasileiros de poliuretano. Com isto, estão provocando uma crise social, estão fazendo com que haja lares neste natal, com pais, chefes de família desempregados, tentando explicar para seus filhos que Papai Noel talvez não possa passar este ano.

Eu só pergunto uma coisa: onde estão as planilhas de custo que justifiquem o aumento nos preços em função do dólar em relação ao real? Principalmente, pergunto às fábricas de TDI e polióis que estão intaladas em solo brasileiro, utilizando-se de nossos recursos naturais, de nossa energia elétrica, de nossos operários, onde está a planilha de custo que mostra ter havido aumento de 20, 30 ou 40% nas despesas para se fabricar o mesmo TDI ou o mesmo poliol? O Governo Brasileiro precisava saber disso, precisava ver isso, precisava ver o que empresas multinacionais estão fazendo no mercado brasileiro. E precisava intervir, estabelecer regras, fiscalizar e punir se necessário for.
É tudo ... por enquanto! ......................... em 15 de novembro de 2008.

Meu nome é Luiz.
Sou Químico graduado pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestrando em Ciência e Tecnologia de Polímeros do Instituto de Macromoléculas Profa. Eloísa Mano (IMA-UFRJ).

Minha Especialidade é a Produção de Poliuretanos Expandidos com foco em Espumas Flexíveis de Poliuretano.

Minha Missão é servir às empresas que me contratam, auxiliando na melhoria contínua de seu processo industrial e na qualidade de seus produtos.

domingo, 9 de novembro de 2008

Disk Moacildo - Distribuição profissional de panfletos.

Costumo apresentar aqui alguns cartões de visitas diferentes, criativos e inovadores, este que hoje apresento tem um pouco de tudo, porém o mais interessante é a inovação apresentada pelo autor do cartão quanto a sua função, Moacildo é o nome dele, é panfletista profissional, e inovou quando distribui os panfletos de seus clientes.

Antes de entregar o panfleto ele faz uma pequena apresentação do cliente e ainda por cima lê o panfleto na íntegra. Outro detalhe, é que se a distribuição for num restaurante por exemplo, ele não pertuba os clientes do restaurante antes que os mesmos já tenham sido atendidos. A apresentação é um verdadeiro show de inovação. Uma maneira profissional de entregar panfletos com personalidade e originalidade. Prova mais uma vez que não tendo como criar algo novo pode-se melhorar e inovar o que já existe. Parabéns Moacildo o profissional dos panfletos da cidade de Sobral no Ceará.

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Cartão de apresentação de Moacildo - O panfletista de Sobral/CE

sábado, 8 de novembro de 2008

Confie no próprio taco

É fundamental confiar no próprio taco !!!

Texto original do artigo de Marcelo Cherto publicado na Gazeta Mercantil de 07/11/2008:

Quando voltei do Mestrado na Universidade de Nova York e comecei a advogar em São Paulo, eu tinha 24 anos. E, apesar dos ternos sisudos e da barba que ostentava, era um garoto. E tinha cara de garoto. Mas era bom advogado. Um belo dia, por indicação de alguém, recebi um figurão, homem de muita grana, arrogante, com aquela pose que só os herdeiros de belas fortunas têm. Ele me expôs uma transação que pretendia fazer, pedindo-me para analisar a montagem jurídica sugerida pelos advogados de sua empresa. Burramente, não falei em honorários. Apenas lhe pedi uns dias para estudar o assunto e mergulhei com vontade na imensa pilha de documentos que ele me deixou.

Uma semana depois, me reuni com ele para mostrar a solução que havia bolado, 100% dentro da lei e que lhe gerava uma economia sensível de impostos, por volta aí de uns 500 mil dólares. Como a coisa toda era muito técnica, expliquei a estratégia por alto e entreguei ao homem um roteiro datilografado em cinco páginas de papel timbrado, para que ele o entregasse a seus advogados internos, encarregados da execução dos documentos.

Ele perguntou quanto me devia e eu, que ainda não havia aprendido que preço não tem nada a ver com custo, calculei as horas que havia gasto e respondi “dez mil dólares”. O homem fechou a cara e, de forma rude, para me intimidar, perguntou como eu tinha a coragem de cobrar dez mil dólares por cinco folhinhas de papel. Esbravejou que dava dois mil dólares por folha e que isso era um absurdo.

Minha vontade era chutar o cara para fora da sala, mas eu tinha trabalhado como um mouro e precisava daquela grana. Portanto, me fiz de humilde, pedi desculpas e disse a ele que tinha razão, que realmente era um absurdo cobrar tanto por cinco folhinhas de papel e que eu iria reparar o meu erro. O sujeito ficou todo feliz.

Abri a gaveta, de onde tirei cinco folhas de papel timbrado em branco. Coloquei-as num envelope e o entreguei ao cliente, dizendo: - “isto é uma cortesia, não lhe custará nem um centavo”. Ele explodiu: - “mas estas folhas estão em branco! Não há nada escrito nelas!”

E eu, calmamente, respondi: - “Mas afinal, o que é que o senhor veio buscar aqui? Por sua fala anterior, pensei que eram folhas de papel timbrado. Se é isso, aí estão elas. E não lhe custam nada”. E prossegui: - “Porém, se o que o senhor veio comprar aqui não são as folhas, mas sim o que está escrito nelas, aí vai ter que pagar. Afinal, para poder escrever o que escrevi, detalhando uma solução que vai lhe economizar pelo menos 500 mil dólares, foram necessários anos de estudo e uma semana mergulhado numa montanha de papéis. E isso tem um preço. E tem mais: se quiser levar o roteiro, vai pagar, não mais dez mil, mas sim vinte mil dólares, pelo desaforo de me tomar por um vendedor de papel”.

O desfecho foi o que eu antecipava, mas apenas em parte. Eu esperava que ele pagasse e ele pagou. Bufando, mas pagou.

Mas eu também esperava que ele nunca mais me procurasse e saísse falando mal de mim. E ele não apenas voltou a me contratar para outros casos, como ainda me indicou para vários amigos. Sempre dizendo - “esse advogado é bom. Não leva desaforo para casa e não se deixa enrolar”.

E eu aprendi, de uma vez por todas, que quem quiser ser dono do próprio negócio precisa, antes de mais nada, acreditar no próprio taco. E não ter medo de defender as coisas em que acredita.

Marcelo Cherto é presidente do Grupo Cherto, membro da Academia Brasileira de Marketing e integrante do Global Advisory Board da Endeavor.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Poder da Validação

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.

Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.

Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?

Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.

Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.

Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.

Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.

Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.

Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.

Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".

Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Stephen Kanitz

Artigo publicado na Revista Veja, edição 1705, ano 34, nº 24, 20 de junho de 2001, pág.22

BB pode pagar caro por Nossa Caixa

Prêmio pelo banco paulista pode chegar a 50%, considerado exagerado pelos analistas

Por Francine De Lorenzo

Portal EXAME  A compra da Nossa Caixa pode custar ao Banco do Brasil muito mais do que esperavam investidores e analistas. Nesta quinta-feira (6/10), o jornal Folha de S.Paulo publicou matéria afirmando que devem ser desembolsados cerca de 6,4 bilhões de reais para a aquisição do banco paulista - o equivalente a 59,80 reais por ação. O valor embutiria um prêmio de 50% sobre o fechamento de ontem das ações (39,80 reais) e, na avaliação dos especialistas, seria exagerado. "O mais justo seria algo em torno de 50 reais por ação", estima José Góes, economista da corretora Alpes.
"Se a oferta fosse realizada num momento de liquidez abundante, como se via meses atrás, não seria excessiva. Mas, agora, o cenário é outro", afirma Wellington Senter, analista da Modal Asset Management. O alto preço, porém, poderia ser justificado pela escassez de ativos disponíveis para aquisição no mercado. A união de Itaú e Unibanco, anunciada na última segunda-feira (3/11), tornou mais difícil o crescimento por fusões e aquisições. "Por isso, mesmo sendo cara, a compra pode ser estratégica para o banco, trazendo bons frutos no longo prazo", diz Senter.
Embora o negócio não devolva ao Banco do Brasil a liderança do setor, já reduziria a distância do novo banco formado por Itaú e Unibanco. "A Nossa Caixa é uma instituição muito conservadora. É possível dobrar sua rentabilidade sem muito esforço, já que espaço para trabalhar produtos e serviços não falta", afirma Senter. Com a compra do banco paulista, o Banco do Brasil receberia a conta de 104 milhões de servidores do Estado de São Paulo. Além disso, teria direito de utilizar os créditos tributários (o que não seria possível em caso de incorporação) e receberia os depósitos judiciais. Como esse tipo de depósito pode ser feito somente em bancos públicos, o Banco do Brasil teria o direito de herdar o dinheiro. Já se a aquisição fosse feita por um banco privado, esses recursos teriam de ser migrados para outra instituição estatal.
Como ficam os minoritários?
Como a Nossa Caixa faz parte do Novo Mercado da Bovespa, todos os minoritários teriam direito a receber pelas ações o mesmo valor pago ao acionista controlador, o Estado de São Paulo. A troca de controle da instituição obrigaria o Banco do Brasil a realizar uma oferta pública de aquisição (OPA), o que fez disparar a cotação das ações nas últimas semanas. Em 30 dias, os papéis subiram 41%, com os investidores ansiosos pela conclusão do negócio.
A expectativa cresceu com a edição da Medida Provisória (MP) 443, que autorizou o Banco do Brasil a utilizar dinheiro em suas aquisições - o que até então era proibido. Com isso, foi eliminado um dos principais entraves à operação: a forma de pagamento. Como o governo de São Paulo quer reforçar o seu caixa, a venda da Nossa Caixa por troca de ações não é interessante.
Embora o negócio já seja dado como certo, há o risco - ainda que pequeno - de a venda para o Banco do Brasil não se concretizar. "Nesse caso, seria inevitável uma desvalorização das ações da Nossa Caixa", diz Senter. Mas isso não quer dizer que o investidor ficaria com um mico na mão. "Os papéis continuariam sendo um ativo cobiçado, já que outros bancos poderiam se candidatar à compra", ressalta o analista da Modal.
O Banco do Brasil anunciou em maio sua intenção de incorporar a Nossa Caixa. Bradesco, Itaú, Unibanco e Santander protestaram. As instituições sugeriram a realização de um leilão, mas o governo não acatou o pedido. Uma desistência do Banco do Brasil, portanto, estaria muito longe de ser o fim da linha para a Nossa Caixa.

Fusão do Itaú com o Unibanco detona corrida de rivais para consolidar setor

Na esteira da criação do maior banco brasileiro, Banco do Brasil estuda reação e Bradesco pode ir às compras

A semana começou com o anúncio da fusão do Itaú com o Unibanco, que criará o maior grupo financeiro da América Latina, e o 16º maior do mundo. Os dois arquitetos do acordo, Roberto Setubal, do Itaú, e Pedro Moreira Salles, do Unibanco, enfatizaram que a aspiração é criar um banco global. As conversas, que duraram 15 meses e foram mantidas em sigilo, surpreenderam o mercado e os rivais. Para os analistas, o acordo inicia uma corrida pela consolidação do mercado brasileiro. O Banco do Brasil pode comprar o Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. Outro movimento do BB seria a aquisição da Nossa Caixa por R$ 6,4 bilhões, segundo a Folha de S.Paulo. Os analistas também apostam que o Bradesco irá às compras.

O Itaú e o Unibanco anunciaram nesta segunda-feira que criarão o maior grupo financeiro privado do Hemisfério Sul, ao unirem suas operações após negociações que já duravam 15 meses.

A operação prevê que acionistas do Unibanco Holdings e do Unibanco migrarão para uma nova instituição chamada Itaú Unibanco Holding.

A relação de troca prevista é de 1,7391 units do Unibanco para cada ação da nova instituição.

Após a operação, a Itaúsa, holding do banco Itaú, deterá 66 por cento da IU Participações, empresa que terá o controle do Itaú Unibanco Holding. O restante será detido pelos controladores do Unibanco.

A nova instituição, segundo Unibanco e Itaú, será uma das 20 maiores do mundo e a maior do Brasil, com ativos totais de 575,1 bilhões de reais, dos quais 396,6 bilhões de reais do Itaú, de acordo com dados do final do terceiro trimestre do ano.

O patrimônio líquido do Itaú Unibanco Holding será de 51,7 bilhões de reais e a instituição combinada terá 265 bilhões de reais sob sua administração.

Os bancos marcaram para final de novembro e início de dezembro assembléias para aprovação das incorporações.

O conselho de administração do Itaú Unibanco Holding terá 14 membros, dos quais seis serão indicados pela Itaúsa e pela família Moreira Salles. Os oito membros restantes serão independentes. O conselho será presidido por Pedro Moreira Salles, do Unibanco, e o presidente-executivo do grupo será Roberto Egydio Setubal, do Itaú.

"Trata-se de uma instituição financeira com a capacidade de competir no cenário internacional com os grandes bancos mundiais", informaram os bancos no comunicado. "Com essa associação, o Itaú e o Unibanco reafirmam sua confiança no futuro do Brasil, neste momento de importantes desafios no ambiente econômico e no mercado financeiro mundial."

Fonte:SÃO PAULO (Reuters)

Gualber Calado faz palestra no 1 Franchising Nordeste - Recife 2009