Na esteira da criação do maior banco brasileiro, Banco do Brasil estuda reação e Bradesco pode ir às compras
A semana começou com o anúncio da fusão do Itaú com o Unibanco, que criará o maior grupo financeiro da América Latina, e o 16º maior do mundo. Os dois arquitetos do acordo, Roberto Setubal, do Itaú, e Pedro Moreira Salles, do Unibanco, enfatizaram que a aspiração é criar um banco global. As conversas, que duraram 15 meses e foram mantidas em sigilo, surpreenderam o mercado e os rivais. Para os analistas, o acordo inicia uma corrida pela consolidação do mercado brasileiro. O Banco do Brasil pode comprar o Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. Outro movimento do BB seria a aquisição da Nossa Caixa por R$ 6,4 bilhões, segundo a Folha de S.Paulo. Os analistas também apostam que o Bradesco irá às compras.
O Itaú e o Unibanco anunciaram nesta segunda-feira que criarão o maior grupo financeiro privado do Hemisfério Sul, ao unirem suas operações após negociações que já duravam 15 meses.
A operação prevê que acionistas do Unibanco Holdings e do Unibanco migrarão para uma nova instituição chamada Itaú Unibanco Holding.
A relação de troca prevista é de 1,7391 units do Unibanco para cada ação da nova instituição.
Após a operação, a Itaúsa, holding do banco Itaú, deterá 66 por cento da IU Participações, empresa que terá o controle do Itaú Unibanco Holding. O restante será detido pelos controladores do Unibanco.
A nova instituição, segundo Unibanco e Itaú, será uma das 20 maiores do mundo e a maior do Brasil, com ativos totais de 575,1 bilhões de reais, dos quais 396,6 bilhões de reais do Itaú, de acordo com dados do final do terceiro trimestre do ano.
O patrimônio líquido do Itaú Unibanco Holding será de 51,7 bilhões de reais e a instituição combinada terá 265 bilhões de reais sob sua administração.
Os bancos marcaram para final de novembro e início de dezembro assembléias para aprovação das incorporações.
O conselho de administração do Itaú Unibanco Holding terá 14 membros, dos quais seis serão indicados pela Itaúsa e pela família Moreira Salles. Os oito membros restantes serão independentes. O conselho será presidido por Pedro Moreira Salles, do Unibanco, e o presidente-executivo do grupo será Roberto Egydio Setubal, do Itaú.
"Trata-se de uma instituição financeira com a capacidade de competir no cenário internacional com os grandes bancos mundiais", informaram os bancos no comunicado. "Com essa associação, o Itaú e o Unibanco reafirmam sua confiança no futuro do Brasil, neste momento de importantes desafios no ambiente econômico e no mercado financeiro mundial."
Fonte:SÃO PAULO (Reuters)
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