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Este blog foi desenvolvido para discutir, informar e difundir os desafios do marketing no mundo atual, ajudando a realização da venda com excelência.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Admirável Mercado Novo

Por Fernando Lucena

Já sabemos que a nova economia vem ditando regras em volume e velocidade que, por vezes, as pessoas e as empresas não estão preparadas para entender e custam a se adaptar.
Afinal, como digerir tantas novidades, diretrizes, estratégias, novos costumes e, além disso, tomar novas decisões sobre novos questionamentos, sobre os quais não se tem histórico?
Entre as muitas novidades, está a mudança significativa que o processo de compra e venda no varejo passou a incorporar. Ou seja, não se compra como no passado e, portanto, não se pode vender como no passado.

O novo modelo de compra, ou seja, o novo modelo de consumidor se apresenta através das seguintes principais características:
- Menos dinheiro – seja por perda do poder aquisitivo, seja pela conscientização do consumo, mas, principalmente, pelo aumento da informação para julgar o custo/benefício do que se quer.
- Menos tempo – seja pela loucura do cotidiano, pelo ritmo profissional intenso, pela luta de conciliar o lado profissional e o da família ou pela vontade de vivenciar novas experiências, nós valorizamos o tempo que gastamos, já sabendo que o tempo é um recurso escasso e não renovável.
- Mais escolhas – com o crescimento do mercado e da concorrência, com tantas ofertas e tentações, com a eliminação de determinadas fronteiras do consumo, através da globalização, o cliente moderno tem acesso ilimitado a tudo cada vez mais, direito absoluto de escolha.
Estas mudanças transformaram o consumidor em alguém mais questionador sobre o valor do que se quer adquirir. Fez com que este novo cliente não tenha paciência com falta de profissionalismo ou falta de informação por parte de quem lhe atende.
Estes clientes querem “relacionamento sincero e transparente”, ao invés de “simples atendimentos”. Querem mais do que “gentilezas, falas e discursos bonitos”, eles querem “soluções”. Querem “atenção individual”, e não tratamentos genéricos. Querem “eficiência”, e não “perdas de tempo” e/ou “sensação de desperdícios”.
Já pensou no perigo: cliente modelo 2010 sendo atendido por um vendedor modelo 1999? Será que eles ao menos conseguem se comunicar?
Muitas oportunidades e vendas são perdidas diariamente pelo não desenvolvimento do profissional de vendas, pela não adequação do profissional ao perfil de cliente que atende e principalmente pela resistência das equipes de atendimento em aceitar as mudanças impostas pelo novo mercado de consumo.
Por vezes, não basta entender o mercado, e sim cada cliente que o compõe. Seus hábitos, necessidades, preferências e, por fim, fazer uma loja em que ele queira estar e um atendimento que ele espera, deseja e merece receber.
Do outro lado, o vendedor precisa dominar três áreas de conhecimento: sobre o produto ou serviço que oferece; sobre as operações de sua empresa; sobre técnicas de atendimento e vendas.
A missão do vendedor é fazer o que há de melhor para o pleno sucesso em vendas: apresentar soluções adequadas para os desejos e necessidades de seus clientes.
Prepare-se para ter o melhor ano de vendas. O caminho é um só: vontade de melhorar + informações e treinamento + melhoria contínua.
Além disso, já se pode pensar no que se vai fazer para se iniciar o novo ano com o pé direito e assim será possível realizar mais e melhores vendas.
Grande abraço, saúde e paz!

Fernando Lucena é consultor e presidente do Grupo Friedman, empresa de consultoria e treinamento em Varejo.

Shoppings fogem do óbvio para o Dia dos Pais

O Dia dos Pais é uma data especial para reforçar o laço entre filhos e pais por meio de presentes e homenagens. Levando em conta essas duas possibilidades, os shoppings VillaLobos, ABC e Tamboré organizaram eventos e premiações criativas para a ocasião.

O Shopping VillaLobos está gravando depoimentos de seus clientes dentro de um táxi antigo e divulgando os vídeos na internet para que a gravação mais votada ganhe o prêmio: seis meses de táxi de graça para o pai. Já o ABC organizou um campeonato do game Rock Band. Ele é disputado por duplas (pais/filhos ou avôs/netos) para concorrerem a uma viagem para Londres, Memphis, Buenos Aires ou Rio de Janeiro. Por fim, o Tamboré abriga uma exposição sensorial sobre esportes radicais e um concurso cultural que premiará um pai surfista e seu filho com duas pranchas personalizadas.

Fonte: Varejista

Consumidor quer restrição na propaganda

Fonte: O Estado de São Paulo

Os brasileiros aceitam e valorizam a propaganda, mas defendem algumas restrições, principalmente as já existentes. É o que mostra pesquisa encomendada pela Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade).

"A principal mensagem é que o consumidor é a favor da liberdade, o que não quer dizer que ele não quer restrições", disse o presidente do Ibope Inteligência, Nelson Marangoni.

O controle tido como o mais necessário é a proibição da propaganda de cigarro, defendido por 64% dos 2 mil entrevistados em oito capitais e Brasília. Já no caso da bebida alcoólica, apenas um terço pede proibição da publicidade. E, mesmo assim, com alguma variação quanto ao tipo: de destiladas (34%) a vinhos (27%). A maioria, entre 70% e 75%, admite a propaganda, com restrições de horário ou conteúdo. O percentual dos que defendem proibições ou restrições de publicidade de certos alimentos é bem menor: salgadinhos (19%); balas, doces e chocolates (20%) e fast food (18%).

No caso de medicamentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária já tentou restringir a publicidade desse tipo de produto. Mas, segundo a pesquisa encomendada pela Abap, é minoria a parcela dos que defenderam a proibição da propaganda de remédios (26%).

A pesquisa classificou os entrevistados em cinco grupos, de acordo com a visão que têm da publicidade: apaixonados (30%), apaixonados desconfiados (18%), racionais (19%), reguladores (19%) e rejeitadores (14%).
Os três primeiros são favoráveis à publicidade e o grupo dos reguladores não é nem a favor nem contra. Com centenas de projetos de lei no Congresso Nacional para regular a publicidade, os reguladores são um grupo que pode "representar uma oportunidade, mas também um risco para a atividade (publicitária)", segundo Marangoni. Ele aconselha a Abap a divulgar o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).

Um percentual de 69% do universo de entrevistados aprova o conceito de um órgão autorregulamentador do mercado publicitário, mas é grande o desconhecimento sobre o Conselho. Apenas 3% o citaram como órgão regulador.

O presidente da Abap, Luiz Lara, defendeu a liberdade de expressão na publicidade e homenageou os 30 anos do Conar, hoje no 7º Encontro Brasileiro das Agências de Propaganda, que reuniu 300 profissionais do meio para debater o negócio da publicidade.

A Abap vai propor, com o apoio da Associação Brasileira de Anunciantes, a criação de um sistema que torne transparente toda concorrência privada. Hoje, as agências sofrem um processo que consideram caro e pouco eficiente.

Pela proposta, a agência que entrar em processo licitatório deve informar que está na disputa da conta à Abap. A empresa que promover a concorrência, terá de registrar o processo e avisar que agências estão na licitação. Além disso, a Abap defende que o mercado siga um manual de boas práticas. Essas medidas ajudariam a combater o excesso de concorrências.

Nos supermercados, preço perde importância na compra

Fonte: O Estado de São Paulo

Preço baixo está perdendo importância como o fator número um na hora de escolher os produtos nos supermercados. Ganhos de renda, inflação controlada e maior oferta de crédito começaram a provocar mudanças nos critérios de consumo das famílias brasileiras nos últimos anos. Atualmente, quase metade dos domicílios tem como prioridade experimentar novos itens (23%) e rapidamente se livrar da incumbência de abastecer a dispensa (23%). O grupo que só tem olhos para preço baixo e promoção responde atualmente por 18% das famílias, revela pesquisa da Kantar Worldpanel.

Dois anos atrás, a mesma pesquisa mostrava que havia um empate técnico. Isto é, tanto os consumidores focados em preço baixo quanto os "experimentadores" representavam 20% cada, do total de famílias. Agora, os experimentadores estão ganhando terreno em detrimento do grupo que só olha preços.

"O consumidor não está voltado só para preço como antigamente. Hoje ele avalia a relação custo/benefício do produto. E, com mais folga no bolso, quer experimentar as novidades", afirma Christine Pereira, diretora da Kantar Worldpanel e responsável pela pesquisa. A enquete consulta semanalmente 8,2 mil lares em todo o País para traçar o perfil de compras de alimentos, bebidas e artigos de higiene pessoal e limpeza doméstica. Ao todo, são mais de 100 categorias de produtos.

Brasil é o terceiro mercado em consumo de produtos de higiene

Fonte: JB Online

A crescente participação da mulher brasileira no mercado de trabalho e a evolução na renda da nova classe C são fatores que explicam a expansão anual em média de 10,6% do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos nos últimos 13 anos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmética (Abihpec). A expectativa é registrar incremento real (descontada a inflação) acima de 11% em 2009.

Francisco Caravanti Júnior, da Consult Cosmética e Farmacêutic, destaca que o mercado tem tudo para expandir-se ainda mais em 2010. Ele lembra do resultado positivo que o setor teve mesmo com a crise mundial, e afirma que, se a economia continuar como está, o crescimento deve passar de 13%.

– As condições econômicas estão melhores e o poder de compra da população também. Isso deve refletir-se nos resultados desse ano – afirma Caravanti Júnior.

O Brasil é o terceiro mercado consumidor de produtos de higiene e beleza do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos e do Japão. Em 2008, o setor registrou R$ 21,2 bilhões em volume de vendas.

A produtora Juliana Gama, 26 anos, gasta R$ 1.500 por mês com cuidados para beleza, incluindo academia, tratamento estético e a compra de alguns produtos. Ela conta que está sempre procurando novidades para cuidar do corpo, mas diz que intensifica os tratamento durante o verão.

– A preocupação com o corpo é constante, mas no início do ano faço ainda sessões para eliminar a gordura localizada, cujo pacote com dez procedimentos custa R$ 800, – relata Gama.

No caso de algumas clínicas de estética, a projeção de incremento é de até 40% do movimento esse ano. Para isso, foram comprados novos equipamentos e oferecidos descontos para conquistar as clientes. Os tratamentos mais procurados nessa época do ano são para perda de medidas, celulites, flacidez, depilação a laser e rejuvenescimento facial.

A advogada Anna Paula Teixeira, 28 anos, só faz academia durante o ano, mas quando chega o verão testa procedimentos estéticos. Ela disse que parcela os gastos extras do início do ano, para não ficar com dívidas.
– No verão, vou mais à praia e preciso me preparar. Gasto R$ 500 por mês a mais com meu corpo por causa dos tratamentos – conta Anna.

A clínica Dicorp, da Barra da Tijuca, registra aumento da procura de tratamentos de pelo menos 20% a cada ano nos últimos cinco anos. Para esse ano, a previsão é de incremento de pelo menos 30% de movimento em relação ao ano anterior. A médica Marinez Peracchi, proprietária da Dicorp, atribui o aumento do faturamento do setor a uma busca frenética pela boa forma.

– Os tratamentos de beleza possibilitam a todos uma melhora significativa na aparência – justifica Marinez.
A clínica oferece descontos de até 40% no horário das 10h às 14h durante o verão. Segundo Marinez, a estação é sem dúvida a época de maior volume de vendas de programas corporais na clínica. Ainda assim, ela diz que vale a pena oferecer descontos para fidelizar e atrair novos clientes.

Na Dicorp da Lagoa, o movimento é 35% maior durante o verão. A gerente da unidade, Maria Helena Lauria, acredita que o aumento da procura deve-se à busca por resultados para poder colocar o biquíni e aproveitar as praias.

Já Onodera Estética, inaugurada há apenas seis meses, na Barra da Tijuca, registra crescimento mensal de 10%. A proprietária da unidade Viviane Laviola projeta crescimento de 40% nos próximos meses em comparação com o semestre anterior. Viviane disse que um cliente gasta em média R$ 1 mil em tratamentos, já que a recomendação para os programas de estética são dez sessões, para ter resultados duradouros.

– Quando uma pessoa procura a clínica, ela tem grande expectativa por bons resultados e está disposta a fazer um tratamento de médio prazo – explica Viviane.

O Salão Eclat aderiu aos descontos e oferece promoções de até 20% no peeling de maçã (renovação da camada superior da pele) e na hidratação de diamantes. Segundo Ana Junger, sócia do Eclat, os descontos oferecidos são uma ótima maneira de apresentar a qualidade dos serviços e cativar a clientela.

– A cliente compra um tratamento com desconto, gosta dos resultados e, naturalmente, se interessa por outros serviços com a mesma qualidade – observa Ana.

A publicitária Shirley Nunes, de 31 anos, diz que demorou a procurar clínicas de estética, mas ressalta que não fica mais sem os tratamentos. Ela admitiu que tinha muitos preconceitos contra tratamentos estéticos, mas deu o braço a torcer quando viu os resultados em uma amiga.

– É um pequeno gasto a mais todo mês, mas recompensa quando chega o verão e uso biquínis e saias – destaca.

Cuidados
A coordenadora institucional da Associação de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci, recomenda que o consumidor fique atento com promessas de resultados muito rápido. Ela recomenda que o cliente só faça tratamento em clínicas recomendadas por alguém de confiança e com indicação médica.

– O cliente deve sempre passar por uma avaliação. Deve ser informado sobre quais resultados pode esperar e a duração do serviço – alerta.

Inês explica que o cliente deve exigir no contrato todas as informações e promessas do serviço. Ela destacou também que o consumidor precisa saber se o procedimento é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

– O mais importante sempre é saber que não existe resultado milagroso – ressalta.

Brasileiros estão no limite do endividamento

Fonte: Correio Braziliense Online

Depois de se empanturrarem com as facilidades oferecidas por bancos e lojas, as famílias brasileiras decidiram botar um pé no freio no endividamento. Ao fazerem as contas, perceberam que a renda, mesmo em alta, já não comporta mais tantas prestações. Foi o que deixou evidente ontem o Banco Central. Nos últimos três meses, as concessões de crédito para a compra de eletrodomésticos e eletrônicos recuaram 5,7%. Nos financiamentos de veículos, a queda chegou a 18,2%. Já os empréstimos pessoais e o cheque especial encolheram 9,9% e 4,6%, respectivamente. “Tudo indica que está havendo uma acomodação na tomada de dívidas pelas famílias”, disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

Até mesmo o crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, desacelerou. O motivo foi o mesmo: os maiores demandadores dessa linha de crédito, os servidores públicos e os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), quase esgotaram o limite máximo de 30% de comprometimento dos salários com mensalidades. Em junho, o saldo acumulado desses débitos avançou apenas 1,5%, refletindo basicamente a incorporação de juros. Em contrapartida, o consignado destinado aos trabalhadores da iniciativa privada deu um salto bem maior: 4,6% no mês e 14,1% no trimestre. Mas há uma razão para isso: a base de comparação é muito baixa.

“Só agora os empregados da iniciativa privada estão tendo acesso a esse tipo de crédito”, afirmou Altamir. Ele explicou que o acesso ao crédito com desconto em folha sempre foi mais fácil para os servidores e os aposentados devido à estabilidade nos rendimentos. Os demais trabalhadores necessitam de acordo das empresas com os bancos para acessar os financiamentos.

Cheque especial
Na avaliação de Altamir, é grande a preocupação dos consumidores em não ficar inadimplentes. Por isso, a tendência, daqui por diante, é de o volume total de crédito às pessoas físicas crescer muito pouco, até porque muitos anteciparam compras nos primeiros meses do ano, usufruindo dos benefícios fiscais dados pelo governo. Na outra ponta, porém, haverá um pouco mais de interesse das empresas em financiamentos. Foi, inclusive, esse movimento o motivo principal de o total de empréstimos na economia ter passado, de maio para junho, de R$ 1,49 trilhão para R$ 1,53 trilhão.

“Está havendo uma mudança de comportamento. Enquanto o volume de crédito às empresas cresce a uma taxa expressiva, para as famílias, os indicadores são de estabilidade”, reconheceu o economista do BC. Ele chamou a atenção para outro dado relevante: mais conscientes, os brasileiros estão cortando, principalmente, as operações mais caras, como o cheque especial, cujas taxas saltaram 4,8 pontos percentuais de maio para junho, cravando inacreditáveis 165,1% ao ano.

Essa significativa elevação dos juros do cheque especial é explicada por Altamir pelo aumento do risco dos bancos. “Só as famílias que não conseguiram migrar para um crédito mais barato permanecem no limite do especial, o que resulta em um risco maior para as instituições financeiras”, observou. O técnico destacou ainda que a redução no crescimento do crédito às pessoas físicas também deve ser creditada ao aperto na política monetária promovido pelo BC. Ao elevar a taxa básica de juros (Selic) desde abril, o BC está tentando acomodar a expansão da economia e evitar a disparada da inflação.

Descontos
Apesar do cenário traçado pelo BC, as microempresárias Vanessa Caroline Brito, 31 anos, e Valéria Brito, 63, continuam dispostas a usufruir da efervescência da oferta de crédito no Brasil — mesmo que com moderação. No primeiro semestre, compraram um carro financiado e, agora, buscam um fogão novo. “Se não conseguirmos um bom desconto, compraremos parcelado”, disse Vanessa. A meta, porém, é quitar todas as prestações até o fim deste ano. “Queremos chegar a dezembro sem nenhuma dívida. Todo mundo sabe que, em algum momento, é preciso pôr o pé no freio para conseguir continuar comprando”, complementou Valéria.

O casal de servidores públicos Karin Dickel, 38, e Bruna Castelo Branco, 30, está mais comedido. Eles decidiram morar juntos recentemente e estão mobiliando a casa. “Os gastos são enormes”, afirmou Dickel. Para não extrapolar a capacidade de pagamento, decidiram fazer uma previsão de gastos e ir programando o vencimento das contas. “Fazemos uma compra em um mês e programamos outra para mais à frente. Também gastamos muita sola de sapato. Quanto mais andar, mais se consegue descontos”, ensinou Bruna.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Regulamentação da profissão de Marketing recebe primeira aprovação

PL 1944/07 foi aprovado pela Comissão de Trabalho, mas ainda tem longo caminho a percorrer até a sanção presidencial

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 12/07/2010
sylvia@mundodomarketing.com.br

Após quase cinco anos, o Projeto de Lei que regulamenta o exercício da profissão de Marketing recebeu a primeira aprovação na Câmara dos Deputados. O PL 1944/07, de autoria do Deputado Federal Felipe Bornier (PHS-RJ), vinha tentando ser apreciado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público desde 2008.

O texto, no entanto, deve ainda passar pela Comissão de Finanças e Tributação e pela Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania, seguir para discussão no Senado e, finalmente, ser sancionado pelo Presidente da República. A história do Projeto de Lei tem sido motivo divergências nos últimos anos.

Apresentado originalmente em 2005 pelo então Deputado Eduardo Paes, e atual prefeito do Rio de Janeiro, o PL foi publicado no Diário da Câmara dos Deputados no final daquele ano legislativo e ficou parado até o fim de 2006. Desde sua criação, o texto contou com a oposição de alguns parlamentares e gerou polêmica no mercado por igualar o profissional de Marketing ao publicitário.

Projeto foi arquivado por um ano
Ainda em 2006, o Projeto foi arquivado porque Paes não se candidatou à reeleição e não houve pedido para a reabertura do PL. No ano seguinte, o mesmo texto foi encaminhado à Câmara, novamente, pelo Deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) e recebeu novo processo: 1226/07.

Em agosto daquele ano, o Projeto de Lei 6235/05 foi desarquivado pelo Deputado Wellington Roberto (PR-PB), deixando assim, dois textos iguais a serem aprovados pela Câmara. Somente um ano depois, em setembro de 2007, o Deputado Felipe Bornier (PHS-RJ) apresentou o novo texto 1944/07, que se juntou ao 1226/07. Em outubro do mesmo ano, o antigo 1226/07 foi rejeitado e o novo PL (1944/07) recebeu aprovação para tramitar na Câmara.

O ano de 2008 marcou inúmeras tentativas de votação do PL 1944/07 para ser aprovado na Comissão de Trabalho da Câmara. Um dos fatores que atrasaram o andamento do processo foi a mudança do verbete Nº 2 da Súmula de Jurisprudência da Comissão, que julga a regulamentação de profissões.

PL gerou polêmica entre profissionais
Todos os textos apresentados até então falavam sobre a impossibilidade de outros profissionais exercerem a carreira sem serem diplomados em Marketing. A iniciativa obrigou que o projeto não propusesse uma reserva de mercado para um segmento em detrimento de outras profissões com formação idêntica ou equivalente. Esta medida visava garantir o exercício profissional, com os deveres e as responsabilidades estabelecidos.

Outra mudança realizada no Projeto foi a retirada da criação do Conselho Federal e do Conselho Regional de Marketing, sob a alegação de que a iniciativa para a abertura desses órgãos caberia ao Poder Executivo e não aos parlamentares. Desde que nasceu, o projeto tem provocado discussões acaloradas.

Em sua concepção, o PL apresentava um ponto divergente logo no primeiro artigo, ao dar margem para confusão entre profissional de Marketing e publicitário, caracterizando o executivo como responsável por desempenhar “atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico, com vistas à criar e redigir textos publicitários, roteirizar spots e comerciais de TV, dirigir peças para rádio e TV, planejar investimentos e inserções de campanhas publicitárias na mídia, atender clientes anunciantes, produzir arte gráfica em publicidade e propaganda, gerenciar contas de clientes e administrar agências de publicidade”.

Outro ponto polêmico do primeiro PL apresentado por Paes, em 2005, referia-se ao fato de que, aprovada a Lei, qualquer outro profissional não formado em Marketing estaria impedido de atuar na área, a menos que comprovasse experiência mínima de cinco anos ininterruptos. Passados quase cinco anos desde o primeiro Projeto de Lei que regulamenta a profissão de Marketing, resta saber por mais quantos outros anos o PL tramitará em Brasília.

OS GRANDES TAMBÉM QUEBRAM

Artigo publicado no JL - Jornal de Londrina, em 12/07/2010, na coluna Profissão Atitude.

POR ABRAHAM SHAPIRO
Era uma vez, uma grande rede de farmácias de uma cidade longínqua, que era forte, poderosa e tinha seu marketing orientado por um eminente e venerado consultor, um verdadeiro gênio do não-vender criativo.
Certo dia, fomos contratados para avaliar o quadro de pessoas e do negócio em si. Após um mês de rigorosa análise, publicamos aos sócios que a mão-de-obra estava sofrivelmente despreparada a ponto de maltratar propositalmente clientes como reação contra o modelo administrativo adotado. Mostramos que sem mudanças na gestão e na capacitação dos colaboradores, isto seria uma ameaça que se converteria rapidamente em vulnerabilidade à invasão do mercado por empresas mais eficazes.
O tal consultor de marketing, discordando de nossa visão, sugeriu a aquisição de um caríssimo pacote de espaços na televisão regional de propagandas feitas com atores de terceira linha. Resultado? Três anos após, resta uma ou outra lojinha da rede ostentando ridiculamente a antiga e poderosa logomarca! E exatamente nos pontos onde situavam suas maiores lojas, brilham agora as maravilhosas e bem resolvidas centrais de venda do concorrente, faturando horrores! Como se sentirão aqueles ex empresários?
Grandes corporações podem falir. Com frequência ouvimos falar de uma ou outra. E há as de que nem ouvimos falar.
Não é estranho que isto aconteça a empresas com escritórios cheios de gênios financeiros, diretores catedráticos e gerentes que sabem tudo? Gente esperta, sim, mas que não soube predizer o comportamento do mercado e as consequências de fraquezas que gritavam debaixo do seu nariz!
Irônico, não? Todas elas tinham planejamento estratégico, programas incríveis de RH, marketing de primeira e bons produtos! Por que razão caíram na desgraça?
Algumas expressões respondem à pergunta. Soberba. Sarcasmo. Leviandade. Clientes desprezados. Descumprimento de compromissos. Aumento deliberado de preços. Pouco-caso a representantes.
A crise financeira de 2008 provavelmente já acabou no Brasil. Mas há uma segunda crise por trás daquela. É a crise da competitividade. Esta ainda perdura. Observe, e você verá uma constelação de pequenas empresas conseguindo fortalecer suas marcas no ranking de cada segmento. Elas estão crescendo graças ao atributo agilidade. As grandes são analíticas demais, lentas, maçantes e fiadas na ilusão de perpétua segurança!
Insignificantes de antes aprenderam com a crise lições mais efetivas e práticas que apenas sobreviver. Hoje fazem parcerias fortes, investem em canais de vendas, intensificam relacionamento com clientes e treinam seu pessoal. Estão construindo uma imagem sólida enquanto os grandes se riem.
Calma. Você verá quem ri melhor!
Quanto a você, opte por ser contado entre os melhores. Os maiores estão afundando.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

Gualber Calado faz palestra no 1 Franchising Nordeste - Recife 2009